A água e seus processos escultóricos

Abstract

A presente pesquisa se debruça sobre os processos escultóricos próprios da água, que podem atuar na matéria a partir de uma ação física, química, biológica – ou numa combinação entre essas alternativas. Essa ação é investigada em obras de arte de diferentes períodos, localidades e linguagens, numa abordagem anacrônica, estruturada como um conjunto de ensaios, nos quais aproximações são propostas a partir do procedimento da montagem. Há uma ênfase na escultura David, de Michelangelo Buonarroti, na obra de Robert Smithson e seu pensamento sobre a entropia. Frequentemente compreendida como degradação, pretende-se sugerir a força poética dos processos escultóricos da água, que conferem vida própria aos objetos.