Os impactos do treinamento intervalado de alta intensidade nos portadores de síndrome metabólica : uma revisão sistemática

Abstract

Objetivo: A presente revisão objetiva avaliar os efeitos do treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) em portadores de Síndrome Metabólica. Metodologia: As seguintes bases de dados bibliográficos eletrônicas (CAPES, PUBMED, EMBASE) foram sistematicamente pesquisadas no período de dezembro de 2020 a julho de 2021. A partir dos descritores: Metabolic Syndrome, HIIT e Rehabilitation e o operador booleano “AND”. Além disso, o acrômio PICO (Paciente, Intervenção, Comparação e “Outcomes”) foi utilizado como estratégia de busca: Pacientes com Síndrome Metabólica, Intervenção HIIT, Comparação de grupo controle ou outra intervenção e com espera de melhora dos indicadores metabólicos. Ensaios clínicos randomizados compararam intervenção de exercício terapêutico com grupo controle ou outra intervenção ativa sem exercício. A triagem dos artigos foi baseada na leitura dos títulos, seguido da análise dos resumos e em seguida dos textos completos. Resultados: No total, 11 estudos atenderam os critérios de inclusão e a qualidade metodológica avaliada segundo a Escala PEDro. Quatro estudos mostram que exercício aeróbio tem impacto positivo sobre pacientes com SM, porém, seis referências mostram a superioridade de HIIT comparado ao MICT nas funções metabólicas, além de melhoras de funções cardiovasculares. Conclusão: Protocolos HIIT são eficientes e seguros para a população com fatores de risco para a Síndrome Metabólica ou que já possuam a Síndrome Metabólica. Além disso, parecem ser superiores aos MICT quanto aos impactos nos fatores metabólicos: diminuição de circunferência da cintura, do colesterol LDL, do peso corporal, da pressão arterial, da resistência à insulina e triglicerídeos.