Manifestações clínicas e da disfagia na Síndrome de Guillain-Barré a partir da Síndrome Respiratória Grave por Covid-19

Abstract

Introdução: O vírus da COVID-19 gera diversas alterações respiratórias e neurológicas, dentre elas a Síndrome de Guillain-Barré. Ambas as doenças causam disfagia. Objetivo: Descrever os achados presentes na literatura em relação às manifestações clínicas e da disfagia de casos com Síndrome de Guillain-Barré a partir da infecção pelo vírus SARS-COV-2. Método: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, contendo as seguintes perguntas norteadoras: Quais as principais manifestações clínicas em pacientes acometidos por Síndrome de Guillain-Barré pós COVID-19? Qual a frequência da disfagia? E como é o tratamento nesses casos? Resultados: As principais manifestações são tosse, febre, mialgia, diarréia, odinofagia, anosmia, ageusia, dispneia, pneumonia, paralisia facial, arreflexia, parestesia, paresia de membro, ataxia, disfagia, tetraparesia e Insuficiência Respiratória.9, 18, 19, 20 Alguns pacientes podem necessitar de um suporte de ventilação mecânica, isso porque a insuficiência respiratória nesses pacientes é agravada devido a uma combinação entre a fraqueza muscular da SGB e da infecção pulmonar causada pela infecção do vírus. 9, 20 Em uma revisão de 73 casos de SGB pós COVID-19, 23% apresentaram queixa de disfagia. Em outro estudo, a disfagia possui incidência de 17% (7 casos de 41); e em um estudo com 48 casos, 6 manifestaram disfagia. 9, 22, 20 O tratamento se inicia desde o uso de Imunoglobulina, evoluindo até a intervenções específicas de acordo com as manifestações em cada caso. Conclusão: A disfagia pode ser uma sequela, necessitando então da atuação do fonoaudiólogo, que, juntamente com a equipe, irão trabalhar os parâmetros alterados desses casos de acordo com suas manifestações, gravidade e necessidade de cada caso.