O conhecimento de crianças e adolescentes com anemia falciforme sobre seu autocuidado

Abstract

Introdução: A anemia falciforme (AF) é uma doença congênita que afeta significantemente uma parcela da população brasileira, exigindo a realização de cuidados fisiológicos por aqueles que a possuem para prevenir as sintomatologias, as hospitalizações e até a morte. Com isso, profissionais da saúde devem estar bem preparados para garantir que os pacientes recebam as informações necessárias, assegurando o autocuidado desde o diagnóstico precoce. Objetivo: Identificar o conhecimento que as crianças e adolescentes com Anemia Falciforme têm em relação ao autocuidado, analisar os conhecimentos referentes ao autocuidado das crianças e adolescentes com anemia falciforme e discutir a importância dos profissionais de saúde na prática de autocuidado desse público. Metodologia: Estudo descritivo de abordagem qualitativa, realizado no ambulatório de oncohematologia de um hospital público pediátrico no Distrito Federal, com participantes de 6 a 17 anos de idade, baseado na dinâmica de criatividade e sensibilidade Corpo Saber, na qual por meio do desenho os participantes expressaram as formas de autocuidado. A análise dos dados obtidos foi temática. Resultados: Ao todo 20 crianças e adolescentes participaram do estudo. A partir das entrevistas foram detectadas três unidades temáticas: Promoção do Autocuidado; Autocuidado Medicamentoso; e Autocuidado para a prevenção e cuidado frente à crise de falcização. Discussão: O autocuidado é exigido a qualquer indivíduo à medida em que se torna capaz, tendo em vista que a evolução da vida e o desenvolvimento psicossocial é algo inerente a todo ser humano, porém para pessoas diagnosticadas com AF, as exigências tornam-se maiores, considerando que o risco de sequelas/complicações da doença aumenta caso os devidos cuidados não sejam prestados. Conclusão: Desde a infância os indivíduos com doença crônica devem ser orientados de maneira eficaz para conviver com sua condição, reduzindo os riscos relacionados. Sendo assim, os profissionais da saúde devem estar atentos e preparados para compreender as falhas no conhecimento de seus pacientes, e interferir com aconselhamento correto, gerando maior adesão às práticas de autocuidado.