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Título: Tecnologia de reconhecimento facial à luz da Lei Geral de Proteção de Dados : riscos e desafios
Autor(es): Santos, Shana Schlottfeldt
Orientador(es): Moraes, Daniela Marques de
Coorientador(es): Mendes, Laura Schertel Ferreira
Assunto: Reconhecimento automático da face
Lei Geral de Proteção de Dados
Proteção de dados
Sistema de videovigilância
Data de apresentação: 21-Out-2021
Data de publicação: 23-Fev-2023
Referência: SANTOS, Shana Schlottfeldt. Tecnologia de reconhecimento facial à luz da Lei Geral de Proteção de Dados: riscos e desafios. 2021. xi, 309 f., il. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Direito) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021.
Resumo: O uso da biometria aumentou significativamente nos últimos anos. Isso é verdade não apenas para o setor público, mas para o privado; não só na área de segurança, mas também no comércio, no trabalho e outros domínios da vida. Ao mesmo tempo que o emprego da tecnologia de reconhecimento facial (FRT) vem acompanhado do discurso de benefícios, eficiência, comodidade e conveniência, ele carrega consigo, também, muitas dúvidas e controvérsias, em especial associadas a uma perda gradual de privacidade e do direito à proteção de dados. Este estudo busca discutir as possibilidades, riscos e desafios do uso da FRT à luz da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em especial na sua intersecção com a vigilância em massa e espaços públicos. Este estudo possui natureza qualitativa e foi desenvolvido por meio de pesquisa bibliográfica. São apresentados os conceitos básicos associados à FRT, essenciais à construção da base teórica de argumentação. É abordada a maneira como a FRT, ao efetuar tratamento de dados pessoais sensíveis, aciona a incidência da LGPD. Por fim, de posse de todo referencial teórico, é apresentado como estudo de caso o “Caso do Metrô de São Paulo” onde se observa, na prática, a articulação dos conhecimentos previamente adquiridos quanto à FRT e à aplicação da LGPD. O caso é pioneiro e paradigmático no âmbito da proteção de dados pessoais, coordenando temáticas de utilização de FRT; processamento automatizado em larga escala; coleta de dados em local público; obrigações relativas à transparência, informação, segurança e não discriminação. Como contribuições específicas deste trabalho tem-se: (i) a distinção entre videovigilância (pura e simples) e a videovigilância associada à FRT; (ii) a argumentação que a FRT trata dados pessoais sensíveis (atraindo, portanto, todas as salvaguardas associadas a esse tipo especial de dados); (iii) o consentimento, geralmente, não se constitui em base legal válida (ou, pelo menos, não seria a mais adequada) para embasar a utilização de FRT em espaços públicos, fazendo-se necessário o enquadramento em uma das sete hipóteses previstas no art. 11, II da LGPD; (iv) o uso de FRT traz consigo a possibilidade do exercício do direito de revisão das decisões automatizadas; (v) o uso da FRT acarretaria a necessidade de elaboração de relatório de impacto à proteção de dados pessoais (RIPD).
Abstract: The use of biometrics has increased significantly in recent years. This is true not just for the public sector, but for the private sector; not only in security, but also in commerce, labor, and other areas of life. While the use of facial recognition technology (FRT) is accompanied by the discourse of benefits, efficiency, and convenience, it also carries with it many doubts and controversies, especially associated with a gradual loss of privacy and of rights to data protection. This study aims to discuss the possibilities, risks and challenges of using FRT in the light of the General Data Protection Act (LGPD), especially in its intersection with mass surveillance and public spaces. This is a qualitative study and was developed through bibliographical research. We present the basic concepts associated with FRT in order to construct the theoretical basis of argumentation. We discuss the way in which FRT, by processing special categories of personal data, triggers the incidence of LGPD. Finally, we present as a case study the “Case of São Paulo's Subway”, where we observe, in practice, the articulation of previously acquired knowledge regarding FRT and the LGPD application. The case is pioneering and paradigmatic in the field of personal data protection, coordinating themes related to the use of FRT; large-scale automated processing; data collection in a public place; obligations relating to transparency, information, security, and non-discrimination. The specific contributions of this work are: (i) the distinction between video surveillance and video surveillance associated with FRT; (ii) the argument that FRT handles a special category of personal data (thus attracting all the safeguards associated with this special type of data); (iii) consent, in general, does not constitute a legal basis (or, at least, it would not be the most adequate one) to support the use of FRT in public spaces, making it necessary to fit into one of the seven hypotheses provided by art. 11, II of LGPD; (iv) the use of FRT brings with it the possibility of exercising the right to review automated decisions; (v) the use of FRT would imply the need of a Data Protection Impact Assessment.
Informações adicionais: Trabalho de conclusão de curso (graduação) — Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, 2021.
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