Resumo: | A qualidade do leite produzido no Brasil é tema recorrente de debates nas últimas décadas, envolvendo os setores público e privado. O leite, sendo um produto com uma alta perecibilidade, torna-o suscetível às alterações de suas características físicas, químicas e biológicas durante sua manipulação, colocando em risco a saúde do consumidor final. Sendo assim, como outros produtos de origem animal comercializados no Brasil, possui órgão responsável pela sua regulamentação, definindo parâmetros de qualidade desde a obtenção, transporte, armazenamento até a recepção na indústria (DURR, 2004; BRASIL, 2018). Dentre as adulterações destaca-se a adição de substâncias redutoras voláteis como etanol a fim de reconstituir a densidade do leite fluido resultando na necessidade de uma análise de pesquisa da presença dessa substância (ABRANTES, CAMPÊLO,SILVA, 2014). É indicado um método oficial pelo Manual de Métodos Oficiais de Análise de Produtos de Origem Animal publicado pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em 2019, todavia a complexidade de arranjos instrumentais, reagentes concentrados e quantidade de amostra torna o método laborioso diante da realidade e necessidade da indústria de lácteos na recepção da matéria prima. Portanto, desenvolver e adaptar uma metodologia de determinação qualitativa de álcool etílico em leite fluido sendo uma alternativa para o método credenciado. é o objetivo ao longo da pesquisa por meio do estudo das variações de volume, tempo, temperatura e concentrações da solução sulfocrômica e soluções
ácidas trabalhadas na digestão da amostra de leite. Manteve-se o emprego de métodos qualitativos colorimétricos, caracterizados por serem convencionais e consolidados no setor para a pesquisa de substâncias adulterantes (IAL,2008), em que a diferenciação de coloração indica somente presença e ausência atendendo às exigências da legislação (BRASIL, 2018) quando a cor alaranjada se mantém. Em caso de presença do adulterante, observa-se a mudança da cor característica da solução para esverdeada (MAPA, 2019; MAPA, 2014). |