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Título: Organizações coletivas dos trabalhadores de entrega em plataformas digitais : desafios, resistências e perspectivas
Autor(es): Sales, Josilene Branco de Souza
Orientador(es): Severo, Denise Osório
Assunto: Aplicativo de entrega de delivery
Entregadores de alimentos por aplicativo
Data de apresentação: 9-Mai-2022
Data de publicação: 4-Jan-2023
Referência: SALES, Josilene Branco de Souza. Organizações coletivas dos trabalhadores de entrega em plataformas digitais: desafios, resistências e perspectivas. 2022. 31 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Saúde Coletiva) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.
Resumo: A constituição da sociedade digital acompanha a reformulação global e acentuada do capitalismo, em que as informações constituem valiosas fontes de poder. Nesse contexto, as plataformas digitais de trabalho difundem a falsa narrativa da autonomia e expõem a precarização do trabalho informal e desprotegido. Diante disso, entregadores sem vínculo empregatício se uniram e se organizaram coletivamente. Este estudo justifica-se em virtude das lacunas acerca do tema e da importância desses processos no mundo globalizado definido pelo avanço da ideologia neoliberal e pelas Tecnologias de Informação e Comunicação. Este artigo analisa as formas de organizações coletivas e discute os desafios enfrentados pelos trabalhadores de entrega em plataformas digitais. Para isso, foi realizada uma pesquisa de abordagem qualitativa de revisão integrativa da literatura sendo analisados artigos, periódicos e documentos extraídos do sítio eletrônico Google Scholar. As pesquisas selecionadas foram categorizadas conforme a análise de conteúdo de Bardin (1977), das quais emergiram as categorias: a) Organizações coletivas dos trabalhadores de entrega em plataformas digitais: revisitando o passado para reconstruir um amanhã; b) Entregadores de plataformas digitais: Bandeiras de luta e estratégias de resistência; c) Desafios enfrentados pelas organizações coletivas e perspectivas de atuação. A primeira categoria apresenta um breve resgate histórico das lutas dos trabalhadores por direitos trabalhistas e identifica suas principais estratégias no enfrentamento desses desafios. A segunda categoria analisa de que forma as articulações coletivas se unem em defesa de objetivos comuns enfatizando quais foram as principais ações utilizadas para mobilizar e organizar os protestos dos entregadores de plataformas. A terceira categoria identifica os principais desafios enfrentados pelas organizações coletivas dos entregadores no processo de luta pelos direitos trabalhistas e analisa como sindicatos já estabelecidos podem atuar para garantir direitos aos entregadores. O material pesquisado também possibilitou a compreensão do grande impacto social e econômico da inserção do trabalho em plataformas digitais na vida de muitos trabalhadores/as. Constata-se que os entregadores de plataformas conseguiram articular organizações coletivas e criaram grande mobilização social, ainda que tal movimento seja dificultado tanto pela ausência de garantias relacionadas ao vínculo trabalhista, como ao fato de não terem geograficamente o mesmo local de trabalho. A ausência de regulamentação para a atividade laboral em plataformas de trabalho é uma decisão estatal, é preciso a efetivação das leis que foram constituídas e tratam dos direitos dos trabalhadores, como o Art. 7º da Constituição Federal de 1988 e o Art. 6º, parágrafo único, da Consolidação das Leis do Trabalho. Quanto ao futuro do trabalho, acredita-se que seja irreversível o avanço das plataformas digitais e, como tal, recomenda-se o desenvolvimento contínuo de pesquisas que analisam as diversas configurações do trabalho em plataformas digitais de trabalho, entre elas aquelas relacionadas à saúde do/a trabalhador/a de entrega por aplicativo e que o Estado assuma o seu papel normativo e regulador, fiscalizando as diversas formas de trabalho. É fundamental que os entregadores de aplicativo possam usufruir do direito de se organizarem coletivamente e integrarem uma entidade que os represente nos mais diversos níveis, do local ao global.
Abstract: The constitution of the digital society follows the global and accentuated reformulation of capitalism, in which information constitutes valuable sources of power. Digital work platforms spread the false narrative of autonomy, exposing the precariousness of informal and unprotected work. In this scenario, delivery workers without an employment relationship united and organized themselves collectively. This study is justified in reason of the gaps on the subject and the importance of these processes in the globalized world characterized by the advance of neoliberal ideology and Information and Communications Technology. This article analyzes the forms of collective organizations and discusses the challenges faced by delivery workers on digital platforms. Therefore, a qualitative approach was carried out with an integrative literature review, analyzing articles, journals, and documents extracted from the Google Scholar website. The selected studies were categorized according to Bardin's (1977) content analysis, from which the following categories emerged: a) Collective organizations of delivery workers on digital platforms: revisiting the past to rebuild a tomorrow; b) Deliverers of digital platforms: reasons for confrontation and resistance strategies; c) Challenges faced by collective organizations and perspectives of action. The first category presents a brief historical review of workers' struggles for labor rights and identifies their main strategies to face these challenges. The second category analyzes how collective articulations unite in defense of common goals, emphasizing the main actions used to mobilize and organize the protests of the platform deliverers. The third category identifies the main challenges faced by collective organizations of delivery workers when fighting for labor rights and analyzes how established unions can act to guarantee rights to delivery workers. The research also made it possible to understand the social and economic impact of the work on digital platforms in the lives of delivery workers. It is noticed that the platform deliverers managed to articulate collective organizations and created great social mobilization, although such movement is hampered both by the absence of guarantees related to the employment relationship, and the fact that they do not geographically work in the same place. The absence of regulation for work activity on work platforms is a decision of the State. It is necessary to implement the constituted laws associated with workers' rights, such as Art. 7 of the Federal Constitution of 1988 and Art. 6, sole paragraph, of the Consolidation of Labor Laws. As for the future of work, it is believed that the advancement of digital platforms is irreversible and, as such, it is recommended the continuous development of research that analyzes the different configurations of work in digital work platforms, including those related to the health of delivery workers, and that the State assumes its normative and regulatory role, inspecting the various forms of work. Deliverers must have the right to organize themselves collectively and integrate an entity that represents them at the most diverse levels, from local to global.
Informações adicionais: Trabalho de conclusão de curso (graduação) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, 2022.
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