Complexidade e desenvolvimento na Amazônia : uma alternativa bioeconômica com base no espaço-produto do Pará

Abstract

O modelo de desenvolvimento econômico adotado pelos países tem relação direta com a quantidade de recursos naturais utilizados pela sua produção interna. Quanto mais sofisticada forem as capacidades produtivas de uma região menor a quantidade de recursos naturais necessários para se gerar valor. Esse maior valor agregado dos produtos se converte indiretamente em benefícios sociais como maior renda per capita, crescimento de empregos e desenvolvimento da infraestrutura. Ao passo que com uma menor quantidade de recursos naturais necessário para se manter a balança de conta corrente superavitária torna-se mais fácil manter a extração de recursos dentro da capacidade suporte do ambiente, mantendo o equilíbrio ecossistêmico. A bioeconomia é um modelo de produção, baseado no uso de recursos biológicos produzidos dentro da capacidade suporte do ambiente, que também promove a valorização dos recursos naturais, através do reaproveitamento de resíduos e exploração de novos materiais e produtos. Esse estudo tem como objetivo avaliar se a bioeconomia pode ser adotada como forma de promover a sofisticação produtiva e reduzir a pressão do modelo econômico sobre o ambiente. O local escolhido para essa avaliação é o bioma amazônico, que representa 49% do território brasileiro e a muito tempo é objeto de atenção, por suas riquezas naturais que inspiram o imaginário coletivo ao redor do mundo. A busca por desenvolvimento passa por fazer o melhor uso possível dos recursos disponíveis nos âmbitos econômico, social e ambiental.