Mediações no atendimento às necessidades de um aluno com Transtorno do Espectro Autista na educação física infantil

Abstract

Ao longo do estágio supervisionado no curso de Educação Física da UnB, em uma escola pública do DF, tive a oportunidade de conhecer e acompanhar o atendimento a uma criança de 5 anos de idade com Transtorno do Espectro Autista, algo que não fez parte das minhas experiências na Educação Básica. Ao compreender a importância desses saberes docentes para a minha formação profissional, optei por realizar uma pesquisa pedagógica, a partir da observação empírica das mediações docentes que ocorriam em sala de aula entre a experiente professora de Educação Física e a monitora, formada em Pedagogia, durante a fase inicial de diagnóstico e conhecimento do aluno supracitado. O estudo faz parte da linha de pesquisa sobre flexibilização educacional que se dedica a analisar situações educativas a fim de entender quais são as adequações didáticas necessárias para criar experiências significativas de aprendizagem para, no nosso caso, um aluno com TEA. Como resultados, observamos que as adaptações dependem diretamente das características de cada aluno em particular, logo, não existe um modelo educativo a ser utilizado de forma genérica no atendimento a alunos com TEA. Cada professor(a), portanto, deve recorrer a metodologias diferentes e acompanhar o impacto que provocam na aprendizagem do aluno, de forma a construir as mediações ao longo do processo. Nessa situação em particular, o caráter lúdico das atividades e o apoio afetivo da professora e da monitora foram pontos importantes para garantir a participação efetiva nas atividades propostas. A educação física inclusiva é um aprendizado contínuo, que exige o compromisso do(a) professor(a)com a formação continuada e com a formação de novos saberes docentes.