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Título: Autonomia universitária no Brasil : uma investigação a partir da ADPF 548
Autor(es): Lima, Gabriel Antonio Batalha
Orientador(es): Pinto, Cristiano Otávio Paixão Araújo
Assunto: Autonomia - educação
Universidade
Brasil. Constituição (1988)
Data de apresentação: 2-Mai-2022
Data de publicação: 10-Ago-2022
Referência: LIMA, Gabriel Antonio Batalha. Autonomia universitária no Brasil : uma investigação a partir da ADPF 548. 2022. 69 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Direito) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.
Resumo: Em relação àquelas que a precederam, a Constituição de 1988 inova ao incluir o princípio da autonomia universitária em seu texto (art. 207). A despeito disso, as universidades brasileiras, em especial as públicas, não gozam plenamente de tal autonomia. Tal questão se tornou mais crítica nos últimos anos, em que foi adotada uma posição antagônica do Governo Federal em relação às universidades públicas, com a adoção de medidas como a nomeação de reitores que não encabeçam a lista tríplice dos candidatos escolhidos pelas instituições, o contingenciamento de verbas e a proposta do programa “Future-se”. Nesse cenário e compreendendo a possível importância do Poder Judiciário em sua efetivação, o presente trabalho busca avaliar a eficácia do princípio constitucional da autonomia universitária a partir de uma análise de um recente julgamento do Supremo Tribunal Federal em que o princípio da autonomia se fez central: a ADPF 548, que tratou de medidas adotadas por autoridades públicas, com ou sem aval da Justiça Eleitoral, que resultaram no cerceamento da livre manifestação de ideias nas universidades durante o período eleitoral de 2018. Para tanto, é inicialmente realizada uma análise histórica da autonomia das universidades no país desde a Reforma Universitária de 1931 para demonstrar os diferentes significados dados a tal princípio e como estes divergem daquele dado pela Constituição de 1988. Na sequência, é oferecido um balanço sobre as dificuldades de efetivação do art. 207 nos anos que se seguiram à promulgação da Constituição, bem como uma análise sobre a jurisprudência desenvolvida pelo Supremo Tribunal Federal sobre o tema. Por fim, são analisadas a decisão monocrática concedendo a medida cautelar na ADPF 548 e os votos proferidos nos julgamentos do referendo da cautelar e do mérito da ação, sendo traçados os contornos de como o STF compreende a autonomia universitária e os problemas de tal concepção.
Abstract: In comparison to those that preceded it, the 1988 Constitution innovates with the inclusion of the principle of university autonomy in its text (article 207). Despite that, Brazilian universities, especially public ones, do not fully enjoy such autonomy. Such matter has become more critical in recent years, in which an antagonistic stance has been adopted by the Federal Government regarding public universities, with the adoption of measures such as the appointment of university deans that did not spear the triple list of candidates chosen by the institutions, budgetary restrictions, and the proposal of the “Future-se” program. In this scenario and comprehending the importance that the Judicial Power may have in its realization, the present paper seeks to evaluate the efficacy of the constitutional principle of university autonomy from the analysis of a recent ruling by the Supreme Federal Court in which it was central: the ADPF 548, which regarded measures adopted by public authorities, with or without authorization from the Electoral Justice, that resulted in the restriction of free speech in universities during the 2018 elections. For that purpose, a historical analysis of the autonomy of universities in the country since the University Reform of 1931 is produced to evidence the different meaning given to such principle and how these differ from the one given by the 1988 Constitution. Following that, an assessment of the difficulties of putting article 207 into practice in the years that followed the promulgation of the Constitution is offered, as well as an analysis of the jurisprudence developed by the Supreme Federal Court on the matter. Finally, the monocratic decision granting an injunction in the ADPF 548 and the votes on the validation of the injunction and the merits of the case are analyzed, outlining how the Federal Supreme Court comprehends university autonomy and the problems with such concept.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, 2022.
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