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Título: Estilo de vida e sucesso terapêutico no pós-operatório tardio de cirurgia bariátrica
Autor(es): Alencar, Larissa de Oliveira
Orientador(es): Carvalho, Kênia Mara Baiocchi de
Assunto: Cirurgia bariátrica
Hábitos alimentares
Saúde pública
Obesidade - cirurgia
Data de apresentação: 10-Dez-2020
Data de publicação: 7-Jun-2022
Referência: ALENCAR, Larissa de Oliveira. Estilo de vida e sucesso terapêutico no pós-operatório tardio de cirurgia bariátrica. 2020. 49 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Nutrição) — Universidade de Brasília, Brasília, 2020.
Resumo: Introdução: O tratamento clínico e apenas a mudança no estilo de vida podem não ser suficientes para controlar os efeitos adversos da obesidade severa, sendo frequentemente necessário recorrer ao tratamento cirúrgico. Contudo, nem mesmo a cirurgia bariátrica pode garantir o sucesso terapêutico em longo prazo, se não acompanhada de adequação do estilo de vida. Além disso, ainda não é sabido se a estrutura de assistência privada ou pública pode influenciar na adoção do estilo de vida saudável. Objetivo: Investigar a associação entre estilo de vida e perda de peso após 5 anos ou mais de cirurgia bariátrica, de acordo com o tipo do serviço de assistência à saúde. Métodos: Estudo observacional com corte transversal conduzido em Brasília-DF, em que foram incluídos 123 pacientes que realizaram Bypass Gástrico em Y-de-Roux há mais de 5 anos, sendo 65 operados na rede pública de saúde e 58 na rede privada. Foram avaliadas as características sócio-demográficas, clínicas e antropométricas, o nível de atividade física, qualidade da dieta, tabagismo e risco de transtorno de consumo de álcool. Para pacientes cujo índice de massa corporal (IMC) préoperatório estava entre 35 e 49,9kg/m², foi considerado sucesso terapêutico IMC atual ≤35kg/m² e perda de excesso de peso (PEP) >0% e, para pacientes cujo IMC pré-operatório era ≥50kg/m², foi considerado sucesso terapêutico IMC atual ≤40kg/m² e PEP ≥50%. Teste de qui-quadrado de independência foi utilizado para verificar associação entre variáveis do estilo de vida e sucesso terapêutico e entre o tipo de serviço de saúde. Resultados: Dentre os 123 pacientes avaliados (91% feminino; 49 ± 9,23 anos de idade e 9 ± 2,2 anos de pós operatórioPO), aqueles do sistema privado eram mais novos (46±8,44 vs 52±8,86 anos de idade; p<0,001), com menor tempo de cirurgia (8,5±1,82 vs 9,7±2,33 anos de PO; p = 0,001), maior nível de escolaridade (81% vs 23% com nível superior; p < 0,001) e menor IMC (30,8±4,34 vs 34,6±7,14 kg/m²; p = 0,001) quando comparados aos pacientes do serviço público. Dos pacientes avaliados, 71,5% apresentaram sucesso terapêutico pelo critério deste estudo, nesta fase tardia de tratamento. A frequência de insucesso terapêutico foi maior entre os pacientes do sistema público (40,0% vs 15,5% nos sistemas público e privado, respectivamente; 2=9,0244; p=0,002). Avaliando apenas os pacientes com sucesso terapêutico (n = 88), a frequência de pessoas ativas ou muito ativas foi maior entre pacientes do serviço público (51% vs 24,5%, público e privado, respectivamente; p = 0,009). Em contrapartida, o risco para consumo excessivo de álcool foi mais frequente entre os pacientes do serviço privado (40% vs 11%, privado e público, respectivamente; p = 0,003). Quanto à qualidade da dieta, 35,8% dos pacientes foram classificados com dieta não saudável, sem associação com sucesso terapêutico e sem diferença entre os serviços público e privado. Conclusão: Apesar da alta taxa de sucesso terapêutico, especialmente dos pacientes do serviço privado, foi frequente a adoção de estilo de vida inadequado. Por outro lado, dos pacientes com sucesso terapêutico, foram observados melhores padrões de atividade física e consumo de álcool entre aqueles do sistema público.
Abstract: Background: Ordinarily, the clinical treatment or just a change in lifestyle cannot be sufficient to control the adverse effects of severe obesity, being necessary surgical treatment in many cases. In Brazil, it’s possible to perform bariatric surgery both in private and public health system. However, not even surgery can guarantee long-term therapeutic success if not accompanied by lifestyle adjustment. In addition, it’s not yet known whether private or public assistance health system can influence the adoption of a healthy lifestyle in patients undergoing bariatric surgery, especially in the long-term post operatory phase. Purpose: This study aimed to investigate the association between lifestyle and weight loss after 5 years or more of bariatric surgery, according to the type health care service. Methods: This observational cross-sectional study included 65 patients from public hospital and 58 from private clinics after five or more years post operative of Roux-en-Y Gastric Bypass. In all 123 patients we evaluate socio-demographic, clinical and anthropometric characteristics, level of physical activity, quality of the diet, smoking and risk of Alcohol Use Disorders (AUD). For patients whose preoperative BMI was between 35 and 49.9kg/m², therapeutic success was considered current BMI ≤35kg/m² and PEP> 0% and, for patients whose preoperative BMI was ≥50kg/m², it was considered successful therapeutic current BMI ≤40kg/m² and PEP ≥50%. The chi-square test of independent samples was used to investigate intra-group and inter-group differences. Results: Among the 123 patients evaluated (91% female; 49 ± 9.23 years old and 9 ± 2.2 years postoperative), those in the private service were younger (46 ± 8.44 vs 52 ± 8, 86 years old; p <0.001), with shorter surgery time (8.5 ± 1.82 vs 9.7 ± 2.33 postoperative years; p = 0.001), higher level of education (81% vs 23% with College level; p <0.001) and lower BMI (30.8 ± 4.34 vs 34.6 ± 7.14 kg / m²; p = 0.001) when compared to public service patients.. Of the evaluated patients, 71.5% had therapeutic success by the criterion of this study, in this late phase of treatment. The frequency of therapeutic failure was higher among patients in the public service (40% versus 15.5% in public and private system, respectively; 2= 9.0244; p=0.002). Among patients with therapeutic success (n = 88), the frequency of active or very active pattern was higher in public service (51% versus 24.5%, public and private services, respectively; p = 0.009). In the opposite direction, the risk for AUD was more frequent among patients in the private system (40% versus 11%, private and public, respectively; p = 0.003). Regarding the quality of the diet, 35.8% of the patients were classified as having an unhealthy diet, with no association with therapeutic success and with no difference between public and private services. Conclusion: Despite the high rate of therapeutic success, especially for patients in the private service, the adoption of an inappropriate lifestyle was frequent. On the other hand, among patients with therapeutic success, better patterns of physical activity and low alcohol consumption were observed among those in the public system.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento de Nutrição, 2020.
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