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Título: O raciocínio geográfico das manifestações em Brasília : do fim do “fora Dilma” ao início do “fora Temer”
Autor(es): Silva, Gabriel Alves Ferreira da
Orientador(es): Steinberger, Marília
Assunto: Rousseff, Dilma Vana, 1947- política e governo
Temer Lulia, Michel Miguel Elias, 1940- política e governo
Protestos
Movimentos sociais
Manifestações públicas
Violência policial
Data de apresentação: 17-Ago-2018
Data de publicação: 14-Fev-2022
Referência: SILVA, Gabriel Alves Ferreira da. O raciocínio geográfico das manifestações em Brasília: do fim do “fora Dilma” ao início do “fora Temer”. 2018. 136 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Geografia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Resumo: Em 31 de agosto de 2016 ocorreu o golpe da Presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, e assume o Vice-Presidente, Michel Temer. Após uma vitória do projeto da direita, cresce a insatisfação da população em relação ao presidente recém-empossado, a conjuntura política se transforma e o cenário das manifestações também se modifica. Diante dessa transformação, estuda-se esse período pós golpe, desde o dia 31/08/2016, o dia do golpe, até 30/08/2017, com ênfase na conjuntura das manifestações, especificamente na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O objetivo foi compreender como a organização e execução das manifestações, enquanto ações políticas, se relacionam com o raciocínio geográfico. Analisou-se a forma que os manifestantes imprimem (ou não) sua indignação frente ao governo com suas estratégias e táticas territoriais adotadas e como ocorre a resposta do agente Estado; e até que ponto a geografia é considerada nas ações socioterritoriais em que constituem as manifestações. Por meio da observação presencial das manifestações, pela aplicação de questionários e por uma abordagem prática do território das manifestações, foi constatado que as manifestações se modificam conforme variam características sociais, ideológicas e geográficas e de acordo a reação dos agentes representantes do Estado. Esse estudo é elaborado pela ótica de que a geografia é ciência estratégica, pode ser cientificamente construída como tal e que a ação política deve considerar o território em que ela ocorre.Em 31 de agosto de 2016 ocorreu o golpe da Presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, e assume o Vice-Presidente, Michel Temer. Após uma vitória do projeto da direita, cresce a insatisfação da população em relação ao presidente recém-empossado, a conjuntura política se transforma e o cenário das manifestações também se modifica. Diante dessa transformação, estuda-se esse período pós golpe, desde o dia 31/08/2016, o dia do golpe, até 30/08/2017, com ênfase na conjuntura das manifestações, especificamente na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O objetivo foi compreender como a organização e execução das manifestações, enquanto ações políticas, se relacionam com o raciocínio geográfico. Analisou-se a forma que os manifestantes imprimem (ou não) sua indignação frente ao governo com suas estratégias e táticas territoriais adotadas e como ocorre a resposta do agente Estado; e até que ponto a geografia é considerada nas ações socioterritoriais em que constituem as manifestações. Por meio da observação presencial das manifestações, pela aplicação de questionários e por uma abordagem prática do território das manifestações, foi constatado que as manifestações se modificam conforme variam características sociais, ideológicas e geográficas e de acordo a reação dos agentes representantes do Estado. Esse estudo é elaborado pela ótica de que a geografia é ciência estratégica, pode ser cientificamente construída como tal e que a ação política deve considerar o território em que ela ocorre.
Abstract: On August 31, 2016, the coup of the President of Brazil, Dilma Rousseff, took place and the Vice-President, Michel Temer, took over. After a victory for the right-wing project, the population's dissatisfaction with the newly installed president grows, the political conjuncture changes and so does the scenario of the public demonstrations. Considering this transformation, this post-coup period we study stretches from 08/31/2016, the day of the coup, until 08/30/2017, with an emphasis on the conjuncture of the demonstrations, specifically at the Esplanada dos Ministérios, in Brasília. The objective was to understand how the organization and execution of the demonstrations, as political actions, are related to geographic thinking. It was analyzed the way in which the demonstrators express (or not) indignation towards the government with their adopted territorial strategies and tactics, as the response of the State agent occurs; and the extent to which geography is considered in the socio-territorial actions in which the demonstrations are constituted. Through face-to-face observation of the demonstrations, the application of questionnaires and a practical approach to the territory of the demonstrations, it was found that the manifestations change as social, ideological and geographical characteristics vary and according to the reaction of the agents representing the State. This study is elaborated from the point of view that geography is strategic science, can be scientifically constructed as such and that political action must consider the territory in which it occurs.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Geografia, 2018.
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