Programa Brasília Qualidade no Campo : adequando propriedades e agricultores às práticas de alimento seguro e sustentável

Abstract

Sabendo que a população mundial está em ritmo crescente, alcançando o patamar de mais de sete bilhões de pessoas, governos e a própria sociedade levantam mais uma demanda urgente, a produção e consumo mais consciente de alimentos. No ambiente rural, a conservação do solo, fertilização, irrigação e outras práticas agrícolas, elencam grande preocupação neste sentido. Organizações governamentais, criaram então programas de Boas Práticas Agrícolas (BPAs) para incentivar produtores e consumidores na produção e consumo de produtos ambientalmente corretos. No Distrito Federal, uma série de órgãos criaram o Programa Brasília Qualidade no Campo (PBQC) que consiste em um conjunto de princípios, normas e recomendações técnicas empregadas em todo o processo de produção. Com isso, o estudo possui o objetivo de analisar de maneira exploratória o PBQC, para isso foi apresentado seus principais instrumentos (manuais e cartilhas); e foram feitas entrevistas com agricultores e técnicos responsáveis pelo programa a fim de captar e identificar quais aspectos influenciam na sua adesão e quais são suas maiores dificuldades. A pesquisa seguiu o método descritivo e a natureza da pesquisa é dupla (qualitativa e quantitativa) por apresentar formulários que são apresentados de maneira estatísticas, e por apresentar entrevistas e questionários semiestruturados que são apresentados de maneira dissertativa, aliando à teoria relacionada. O estudo identificou que muitos produtores possuem dificuldades no entendimento dos instrumentos emitidos pela EMATER-DF, além de apresentar baixo financiamento público para a continuidade destes programas, acarretando no baixo número de técnicos e dificuldade na operacionalização do programa. Por fim, conclui-se que a melhor maneira de alcançar os produtores, são por meio de oficinas e cursos presenciais, e que a maior parte dos consumidores não conhecem o selo do PBQC, o que é reflexo da falta de investimento nos programas de divulgação.