Campo Dublin Core | Valor | Língua |
dc.contributor.advisor | Pinheiro, Douglas Antônio Rocha | - |
dc.contributor.author | Silva, Cecília Rosal | - |
dc.identifier.citation | SILVA, Cecília Rosal. Direito fundamental ao planejamento familiar: demandas e disputas na Assembleia Nacional Constituinte de 1987-1988. 2021. 150 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Direito) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021. | pt_BR |
dc.description | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, 2021. | pt_BR |
dc.description.abstract | Garantir que o planejamento familiar seja entendido como o direito fundamental de decidir se
e quantos filhos se quer ter e quando, como e com quem tê-los ou como evitá-los é uma
afirmação democrática de autonomia, liberdade e cidadania. Esse foi o entendimento do Estado
brasileiro acerca do tema quando da promulgação da Constituição Federal de 1988, embora o
processo constituinte tenha aberto uma porta para o enfrentamento dessa questão que, no
entanto, poderia levar a caminhos outros, a depender da direção que tomassem as discussões e
da força das pressões e resistências dos diversos grupos de interesse. Este trabalho objetiva
descrever os debates sobre planejamento familiar que ocorreram na Assembleia Nacional
Constituinte de 1987-1988, notadamente na Subcomissão da Família, do Menor e do Idoso,
procurando entender de que forma os discursos que já circulavam na arena pública sobre esse
tema se fizeram presentes também no processo constituinte e quais argumentos organizaram as
discussões acerca do assunto, de modo a poder compreender os significados políticos da
conquista desse direito. Ao final, conclui-se que o dissenso que permeava a sociedade brasileira
quanto às questões relativas à fecundidade se revelou também na ANC de 1987-1988, por meio
das várias visões sobre planejamento familiar que, com diferentes intensidades, foram ali
defendidas. A análise permitiu observar que, embora as discussões tenham sido marcadas por
intensas disputas discursivas, em que conviveram exposições que ora apelavam para o debate
demográfico-econômico (ainda que de maneira crítica), ora reforçavam uma moral sexual
conservadora e ora jogavam luz para a inserção dessa questão no âmbito da garantia da saúde
e cidadania das mulheres, prevaleceu um discurso predominantemente alinhado com a ideia de
direitos reprodutivos, conforme defendido pelos movimentos feministas. Por outro lado, o
exame do processo de elaboração constitucional mostrou que esse debate também foi marcado
por resquícios de um pensamento ainda autoritário, hierarquizante e tutelar acerca das escolhas
e experiências reprodutivas, notadamente durante as discussões que envolveram o argumento
da paternidade responsável e que invocaram o princípio da dignidade. | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.subject.keyword | Planejamento familiar | pt_BR |
dc.subject.keyword | Direitos sexuais e reprodutivos | pt_BR |
dc.subject.keyword | Assembléia Constituinte (1987/1988) - Brasil | pt_BR |
dc.title | Direito fundamental ao planejamento familiar : demandas e disputas na Assembleia Nacional Constituinte de 1987-1988 | pt_BR |
dc.type | Trabalho de Conclusão de Curso - Graduação - Bacharelado | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2021-12-08T13:47:19Z | - |
dc.date.available | 2021-12-08T13:47:19Z | - |
dc.date.submitted | 2021-10-28 | - |
dc.identifier.uri | https://bdm.unb.br/handle/10483/29349 | - |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor que autoriza a Biblioteca Digital da Produção Intelectual Discente da Universidade de Brasília (BDM) a disponibilizar o trabalho de conclusão de curso por meio do sítio bdm.unb.br, com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 International, que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que seja citado o autor e licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação desta. | pt_BR |
dc.contributor.advisorco | Guerra, Maria Pia dos Santos Lima | - |
dc.description.abstract1 | Ensuring that family planning is understood as the fundamental right to decide whether and
how many children to have and when, how and with whom to have them or how to avoid them
is a democratic affirmation of autonomy, freedom and citizenship. This was the understanding
of the Brazilian State on the subject when the Federal Constitution of 1988 was promulgated,
although the constituent process has opened a door for confronting this issue, which, however,
could lead to other paths, depending on the direction the discussions took and the force of
pressure and resistance from different interest groups. This study aims to describe the debates
on family planning that took place in the Brazilian National Constituent Assembly of 1987-
1988, notably in the Family, Minors and Elders Subcommission, seeking to understand how the
discourses that already circulated in the public arena on this topic were also present in the
constituent process and which arguments organized the discussions on the subject, in order to
understand the political meanings of the achievement of this right. At the end, this study finds
that the disagreements that permeated Brazilian society regarding issues related to fertility were
also present in the 1987-1988 National Constituent Assembly, through the various views on
family planning that, with different intensities, were defended there. The analysis allowed us to
observe that, although the discussions have been marked by intense discursive disputes, in
which speeches that sometimes appealed to the demographic-economic debate (even though in
a critic way), sometimes reinforced a conservative sexual morality and sometimes shed light
on the insertion of this issue within the scope of guaranteeing women's health and citizenship
have occurred, a discourse predominantly aligned with the idea of reproductive rights prevailed,
as defended by feminist movements. On the other hand, the examination of the constitutional
drafting process showed that this debate was also marked by remnants of an authoritarian,
hierarchical and patronizing thinking on reproductive choices and experiences, notably during
the discussions that involved the argument of responsible parenthood and that invoked the
principle of dignity. | pt_BR |
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