Resumo: | O estudo analisou técnica e economicamente a viabilidade de projetos de inserção de usina solar
fotovoltaica em locais degradados que, após o fechamento destes locais, não terão mais
funcionalidade para a sociedade. Com o propósito de dar uma utilidade a estes terrenos, o estudo
projetou uma usina solar fotovoltaica para cada um dos 5 principais aterros definidos pela
ABRELPE nas seguintes cidades: Brasília – DF, o maior da américa latina e segundo maior do
mundo desativado em 2018, Carpina – PE, Camacan – BA, Divinópolis – MG e Jaú – SP.
Com os dados de irradiação global horizontal e área útil de cada um destes, dimensionou-se a
capacidade de potência instalada para cada um dos aterros, com valores de 219,26 MWp para
o aterro de Brasília, 5,09 MWp para Carpina – PE, 1,7 MWp para Camacan – BA, 1,17 MWp
para Divinópolis e 2,1 MWp para Jaú – SP. Permitindo, portanto, a análise técnica, definiu-se
que o estudo analisaria para o caso de locais com capacidade instalada maior que 3 MWp seriam
estudados com esse valor de potência, pois é uma capacidade instalada que possui um valor
capaz de produzir a forma de contratação de uma empresa para execução do projeto, valor que
deve ser acima de 10 milhões de reais, de acordo com a lei de PPP.
Obtendo o valor inicial necessário para o financiamento de cada uma dessas usinas, a tarifa de
energia, O&M de 1% a.a., Taxa de Juros de Longo Prazo de 6,26% a.a. e a troca de inversores
no 10o e no 20o, mostrou-se que cada um dos projetos é completamente viável de ser realizado.
Em destaque, estudou-se com mais afinco o caso de Brasília devido ao mesmo ter sido
encerrado em 2018 as suas principais atividades, a ocorrência do início dos trabalhos de
pesquisa para o desenvolvimento do Projeto de Remediação Ambienta-Energética e Sustentável
para Aterros – RAEESA, o qual busca o aproveitamento dos poluentes provocados pelos
resíduos ali despejado ao longo de tantos anos de atividade, inclusive utilizando a área para
instalação de usina solar fotovoltaica e devido também ao fato de o trabalho ter sido realizado
em Brasília.
Com o destaque a Brasília devido aos motivos supracitados, destaca-se que esta produziu os
melhores resultados, com um valor presente líquido de R$ 35.107.671,94, uma taxa interna de
retorno de 36,60% e um tempo de retorno do investimento de aproximadamente 3 anos,
mostrando que o projeto técnico também é vantajoso no sentido econômico. Além desses
detalhes, destaca-se o custo nivelado de energia da fonte solar igual a 219,30 R$/MWh,
resultado este que foi capaz de comprovar a viabilidade do uso da energia solar fotovoltaica
para abastecer Brasília.
Juntamente com esses resultados e mostrando que os demais projetos também são altamente
atrativos, analisou-se a forma de contratação por meio de Parceria Público-Privada para efetivar
a execução e gestão do empreendimento solar. A partir dos resultados econômicos
concomitantemente a análise de sensibilidade apresentada também no trabalho, chegou-se ao
resultado de que é viável a PPP para contratação de uma empresa desde que o parceiro público
seja um órgão público que seja uma unidade consumidora de energia, em especial aos que se
enquadram na tarifa B3. Ao mesmo tempo mostrou-se que não é viável para órgãos
distribuidores de energia elétrica, pois o valor de compra de energia é relativamente baixo e
além do que este custo é repassado para o cliente final. |