Resumo: | Os sistemas de produção de bovinos de corte atualmente empregados no
país caracterizam-se pela pouca intensificação com uso predominante de pastagens.
Entretanto, a terminação de bovinos em confinamento apresenta algumas vantagens
como a redução da idade de abate, produção de carne de melhor qualidade, aumento
no desfrute reduzindo a ociosidade dos frigoríficos na entressafra, maior giro de
capital, melhor aproveitamento das áreas de pastagens para outras categorias. O
presente trabalho teve como objetivo avaliar o custo de produção e a viabilidade
econômica da terminação de bovinos em sistema de boitel a partir da análise de
dados de uma série de 6 anos consecutivos (2011 a 2016). Para tanto foram
levantados os índices zootécnicos dos confinamentos realizados em cada ano, bem
como, os componentes dos custos para determinação dos indicadores econômicos.
Observa-se variação na quantidade de animais confinados nos diferentes anos, bem
como no peso de entrada. Como o período de confinamento variou pouco entre os
anos, tem-se variação no peso final, a qual é reflexo também do ganho de peso médio
diário, o qual variou de 1,42 a 1,69 kg/dia. O preço da diária variou de R$ 5,90 a R$
9,26 reais, apresentando aumento total de 56,95% no período e 11,4% ao ano. Os
indicadores econômicos do confinamento no período avaliado demonstram que o
valor pago ao produtor variou 60,8%, com variação de 12,16% ao ano, superando em
0,76% o aumento percentual do valor da diária no mesmo período. Mesmo com
oscilações do mercado e variações de preço verificam-se bons resultados
econômicos com lucratividade média de 18,67% no período. Desta forma, a
terminação de bovinos em sistema de boitel se coloca como uma oportunidade viável
e interessante em termos de viabilidade financeira para o ciclo final de engorda. |