Resumo: | Cada vez mais a área de gestão hospitalar toma espaço nos estudos de Administração e mesmo diante do desenvolvimento de técnicas que permitam uma gestão eficiente do Setor, a logística de abastecimento ainda é um desafio em razão da singularidade dos serviços, diversificação e volume dos materiais envolvidos. As falhas na logística de abastecimento de organizações hospitalares não implicam apenas em perdas financeiras, mas na perda de um bem que não pode ser reposto, qual seja, a vida. Frente às recorrentes noticiais veiculadas quanto à falta de medicamentos e materiais básicos na rede pública hospitalar do Distrito Federal, buscou-se desenvolver o presente trabalho, com o objetivo de identificar possíveis motivadores que possam influenciar na ineficiência do processo de gestão de estoques e na realização de compras por meio de licitação pública, além do grau de inter-relacionamento das áreas e respectivos impactos decorrentes de falhas na condução de ambos os serviços. A metodologia utilizada foi exploratória e também qualitativa e, apesar das limitações impostas pela ausência de informações, buscouse atingir seu objetivo por meio da realização de pesquisas bibliográficas, na busca de métodos e técnicas já amplamente utilizadas e que podem contribuir para uma gestão de materiais eficiente, bem como discorrer sobre os entraves que possam prejudicar o processo de compra efetuado com base na Lei de Licitações. A partir das informações levantadas, complementou-se a pesquisa com dados obtidos por meio de relatório de auditoria realizado pelo Tribunal de Contas da União. Da análise efetuada, verificou-se que a má qualidade das informações torna ineficiente o método de previsão de estoques, comprometendo, por conseqüência o processo de compra. Além disso, a falta de maior interação entre as áreas de gestão de estoques, compras e unidades hospitalares, bem como a ausência de planejamento e ações corretivas, contribuem para a ineficiência dos serviços. |