Título: | Caracterização de detritos foliares de lianas e arbóreas em florestas ripárias do Cerrado |
Autor(es): | Miranda, Fernanda Gabriela Graciano |
Orientador(es): | Gonçalves Júnior, José Francisco |
Assunto: | Cerrado - plantas nativas Mata de galeria Matéria orgânica |
Data de apresentação: | Dez-2020 |
Data de publicação: | 19-Jul-2021 |
Referência: | MIRANDA, Fernanda Gabriela Graciano. Caracterização de detritos foliares de lianas e arbóreas em florestas ripárias do Cerrado. 2020. 30 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Florestal)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020. |
Resumo: | As lianas são componentes importantes para os ecossistemas florestais e contribuem
com uma quantidade significativa de folhas para o ecossistema, mesmo assim, ainda
são pouco estudadas. Como forma de compreender melhor outro hábito de vida existente
no Cerrado, especificamente nas matas de galerias do Cerrado, esse estudo comparou
as composições químicas e as características físicas de espécies de lianas e arbóreas
desses ambientes. Foram realizadas análises químicas (polifenóis, fósforo, lignina e
celulose) e físicas (área foliar específica - SLA, na sigla em inglês - e dureza) para 7
espécies de lianas e 8 espécies arbóreas. A SLA foi 8 vezes maior nas arbóreas do que
nas lianas (95,5 e 11,4 KgF/cm2, respectivamente), enquanto a concentração de
polifenóis foi 5 vezes maior nas arbóreas (35,5%) do que nas lianas (7,6%). Para lignina
e celulose as concentrações médias foram semelhantes, sendo as arbóreas com 29,4%
de celulose e as lianas com 30,7% e, em lignina as arbóreas apresentaram 33,5% e
lianas 29,6%. As espécies de lianas apresentaram em média concentrações de fósforo
8 vezes menores do que arbóreas (0,013 e 0,110% respectivamente). Para dureza, as
lianas apresentaram em média valores 1,25% menores que as arbóreas, caracterizando
certa semelhança. Esses resultados complementam estudos sobre espécies de hábito
trepador lenhoso e indicam uma menor alocação de recursos de defesa física e química
nas lianas. Estas informações sugerem que os detritos foliares de lianas são mais
palatáveis para os decompositores do que os detritos de arbóreas, pois embora os
parâmetros estruturais sejam semelhantes, os detritos de lianas apresentam menor
quantidade de compostos defensivos, o que poderá ser confirmado com estudo de
decomposição nos riachos. |
Abstract: | Lianas are important components for forest ecosystems and contribute a significant
number of leaves to the ecosystem, yet they are still poorly studied. To better understand
another existing habit of life in the Cerrado, specifically in the gallery forests of the
Cerrado, this study compared the chemical compositions and physical characteristics of
liana and tree species in these environments. Chemical (polyphenols, phosphorus, lignin,
and cellulose) and physical analyzes (specific leaf area - SLA, and hardness) were
performed for 7 species of lianas and 8 tree species. The SLA was 8 times higher in trees
than in lianas (95.5 and 11.4 KgF / cm2, respectively), while the concentration of
polyphenols was 5 times higher in trees (35.5%) than in lianas (7, 6%). For lignin and
cellulose, the average concentrations were similar, with trees with 29.4% cellulose and
lianas with 30.7% and, in lignin, trees presented 33.5% and lianas 29.6%. The liana
species showed, on average, phosphorus concentrations 8 times lower than tree species
(0.013 and 0.110% respectively). For hardness, lianas showed an average value of
1.25% lower than arboreal, characterizing a certain similarity. These results complement
studies on woody climbing species and indicate a lesser allocation of physical and
chemical defense resources in lianas. This information suggests that liana leaf debris is
more palatable to decomposers than tree debris, because although the structural
parameters are similar, liana debris has a lower number of defensive compounds, which
can be confirmed with a decomposition study in the streams. |
Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Tecnologia, Departamento de Engenharia Florestal, 2020. |
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