Índice Padronizado de Precipitação (SPI) e a variação da produtividade da soja no Distrito Federal e em municípios do Estado de Goiás

Abstract

O objetivo deste trabalho foi fazer um estudo sobre o Índice Padronizado de Precipitação (SPI) em diferentes escalas temporais, e avaliar sua relação com a produtividade da cultura da soja no Distrito Federal e em diferentes localidades do Estado de Goiás. O SPI foi calculado para as escalas temporais mensal, trimestral, semestral e anual. Foram utilizadas séries históricas de dados diários de precipitação, provenientes de estações pluviométricas convencionais do INMET, localizadas em Brasília e nos municípios de Catalão, Formosa, Ipameri e Pirenópolis, no Estado de Goiás. As séries históricas de produtividade foram obtidas junto ao IBGE e foi necessário ajustá-las para reduzir os efeitos do avanço tecnológico sobre os dados. Os valores do SPI foram analisados quanto ao número e frequência dos eventos de seca, e percentual de acerto na variação de produtividade da soja. O índice identificou períodos de extrema seca para todas as regiões estudadas. Com aumento da escala temporal ocorreu a minimização de eventos de seca identificados pelo SPI. Brasília obteve maior frequência de eventos classificados como de extrema seca na escala anual. O município de Pirenópolis apresentou maior ocorrência de eventos de categoria de extrema umidade. O SPI semestral representou melhor a variação de produtividade da soja. O município de Ipameri foi onde os valores de SPI apresentaram o maior número de acerto do índice em relação à variação da produtividade ajustada da cultura da soja.