Título: | Ressignificando o cotidiano da criança hospitalizada : a importância do brincar |
Autor(es): | Ferreira, Danielle Alves |
Orientador(es): | Braga, Ana Rita Costa de Souza Lobo |
Coorientador(es): | Rodrigues, Daniela da Silva |
Assunto: | Pacientes - qualidade de vida Crianças hospitalizadas Brincadeiras Brinquedos Crianças - promoção da saúde Crianças - saúde mental Crianças - desenvolvimento |
Data de apresentação: | 27-Nov-2019 |
Data de publicação: | 29-Mar-2021 |
Referência: | FERREIRA, Danielle Alves. Ressignificando o cotidiano da criança hospitalizada: a importância do brincar. 2019. 35 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Terapia Ocupacional)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019. |
Resumo: | Introdução: O processo de hospitalização na infância causa uma ruptura no cotidiano habitual
da criança, proporcionando uma vivência em um espaço novo, cheio de regras e normas e
marcado por procedimentos dolorosos e invasivos. O regimento hospitalar pode impossibilitá-
la de desempenhar uma ocupação importante da infância, o brincar. Portanto para que o
desenvolvimento da criança e suas ocupações não sejam interrompidos durante o período de
hospitalização e para que ela possa ter uma experiência que não seja impactante em sua
rotina, é preciso que haja uma ressignificação do cotidiano hospitalar. Objetivo: Analisar a
produção científica sobre o uso do brincar por profissionais de saúde brasileiros na
hospitalização de pacientes pediátricos. Metodologia: Este estudo se trata de uma revisão
narrativa realizada nas bases de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Literatura Latino-
Americano e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) durante os meses de agosto a outubro,
utilizando os seguintes descritores em português, de acordo com os Descritores em Ciências da
Saúde (Decs): “Jogos e Brinquedos”, “Brincadeiras”, “Brincadeiras e Brinquedos”,
“Brinquedo”, “Hospitalização”, “Criança”, “Atividades Cotidianas”, “Profissionais da Saúde”,
“Prestadores de Cuidados de Saúde”, “Trabalhadores da Saúde”, organizados em diferentes
estratégias e combinações de busca, utilizando os operadores booleanos – OR e AND. Como
critério de inclusão foram considerados artigos publicados em português no período de 2015 a
2019, que discutiam o uso do brincar em contexto de hospitalização pediátrica pela equipe de
saúde. Foram excluídos da pesquisa estudos que não estavam disponíveis na íntegra, teses,
monografias, dissertações, editoriais, revisões, relatos de experiências, artigos em duplicidade
e publicados em outros idiomas e que não apresentavam a temática proposta. O tratamento dos
dados foi feito qualitativamente, por meio da leitura de cada texto, permitindo uma análise
crítica dos achados. Resultados: Os achados deste estudo mostraram que o brincar vêm sendo
utilizado neste contexto pela equipe multidisciplinar, porém a maioria dos estudos são de
profissionais de enfermagem, e que uso desta prática proporciona diversos benefícios dentre
eles: tornar o processo de cuidar menos traumático, melhorar a resposta ao tratamento, gerar
vínculo entre criança, adolescente, família e profissional, diminuir o medo da criança e do
adolescente em relação ao profissional, envolver a família e tornar o ambiente de trabalho mais
agradável. E as principais limitações apontadas em se inserir esta prática neste contexto foram:
dificuldade em reconhecer a importância de se manter a criança próxima do brinquedo, falta de
tempo, a grande demanda de cuidados na unidade, fatores intrínsecos da criança como cultura
e personalidade, falta de capacitação dos profissionais para utilizarem o brincar com esse
público, entre outros. Em todos os estudos incluídos nesta pesquisa, o brincar não foi apontado
como uma ferramenta importante capaz de ressignificar o cotidiano hospitalar. Conclusão: Os
estudos encontrados por meio desta pesquisa não resultaram em dados que permitissem
compreender de forma mais aprofundada como o brincar pode ressignificar o cotidiano de
crianças hospitalizadas. Porém, a cotidianidade e a ressignificação do cotidiano está sendo
discutido por terapeutas ocupacionais em outras áreas de atuação. |
Abstract: | Introduction: The process of hospitalization in childhood causes a disruption in the habitual
routine of the child, providing an experience in a new space, full of rules and norms and marked
by painful and invasive procedures. The hospital regiment may make it impossible to perform
an important occupation of childhood, playing. Therefore, so that the development of the child
and his occupations are not interrupted during the hospitalization period and so that he can have
an experience that is not impacting in his routine, there needs to be a reframing of the hospital
routine. Objective: To analyze the scientific production on the use of play by Brazilian health
professionals in the hospitalization of pediatric patients. Methodology: This study is a narrative
review conducted in the Virtual Health Library (VHL) and Latin American and Caribbean
Health Sciences Literature (Lilacs) databases from August to October, using the following
descriptors in Portuguese, according to Health Sciences Descriptors (Decs): “Games and Toys”,
“Play”, “Play and Toys”, “Toy”, “Hospitalization”, “Child”, “Daily Activities”, “Professionals”
Health Care Providers, Health Workers, organized in different search strategies and
combinations using the Boolean operators - OR and AND. Inclusion criteria were articles
published in Portuguese from 2015 to 2019, which discussed the use of play in the context of
pediatric hospitalization by the health team. Studies that were not available in full, theses,
monographs, dissertations, editorials, reviews, reports of experiences, articles in duplicate and
published in other languages and that did not present the proposed theme were excluded from
the research. The treatment of the data was made qualitatively, by reading each text, allowing
a critical analysis of the findings. Results: The findings of this study showed that playing has
been used in this context by the multidisciplinary team, but most studies are by nursing
professionals, and that the use of this practice provides several benefits: making the care process
less traumatic, improving the response to treatment, create bond between child, adolescent,
family and professional, reduce the fear of the child and the adolescent in relation to the
professional, involve the family and make the work environment more pleasant. And the main
limitations pointed in inserting this practice in this context were: difficulty in recognizing the
importance of keeping the child close to the toy, lack of time, the great demand for care in the
unit, intrinsic factors of the child such as culture and personality, lack training professionals to
use playing with this audience, among others. In all studies included in this research, playing
was not identified as an important tool capable of re-signifying hospital routine. Conclusion:
The studies found through this research did not result in data that allowed a deeper
understanding of how playing can redefine the daily lives of hospitalized children. However,
daily life and daily life reframing are being discussed by occupational therapists in other areas. |
Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ceilândia, 2019. |
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