Título: | Do preto ao branco : um estudo preliminar para compreender o processo de embranquecimento da música eletrônica |
Autor(es): | Moura, Thayná de Aquino |
Orientador(es): | Rizzo, Wagner Antonio |
Assunto: | Música eletrônica Produção artística Indústria cultural Comunicação e cultura Expressão cultural Negros - artistas Negros - identidade racial |
Data de apresentação: | 2-Dez-2019 |
Data de publicação: | 18-Dez-2020 |
Referência: | MOURA, Thayná de Aquino. Do preto ao branco: um estudo preliminar para compreender o processo de embranquecimento da música eletrônica. 2019. 44 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Comunicação Social)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019. |
Resumo: | Em trinta anos a música eletrônica cresceu em tecnologia e alcance, mas existem
algumas questões que seguem pouco exploradas: qual a sua origem? Quais são suas
características? Sobre o que ela fala? Quem lucra com ela? A presente pesquisa
busca compreender como o movimento da house music e o techno foram recebidos
nos Estados Unidos entre os 1980 aos anos 2000, principalmente pela comunidade
preta . De acordo com a proposição de Betram D. Ashe (2007), entende-se a house
music como parte das produções artísticas pós-soul sendo, portanto, uma expressão
preta. Apesar disso, atualmente, a indústria da música eletrônica dançante é
majoritariamente branca.
Para compreender melhor o complexo tema das origens da música eletrônica foi
utilizado o método dedutivo com pesquisa qualitativa-exploratória, além de revisão
bibliográfica de livros, artigos e documentários e análise de objetos empíricos com
objetivo de mapear como se deu o processo de engendramento da house music e do
techno em seu berço de origem.
Os resultados verificados são de baixo impacto da house e techno na disseminação
da música preta, por diversos fatores. A house e o techno surgiram paralelamente ao
hip-hop, que é um marco na produção musical. Além disso, acredito que existiam
expectativas da comunidade preta estadunidense para que a produção artística fosse
diretamente politizada, falando da existência do preto frente à uma sociedade que
viveu o separatismo de Jim Crow . Tal comunidade não se identificou com a produção
moderna, que foi taxada de ‘’som de branco’’. Não demorou muito para esse som ser
adotado por europeus e de lá partir pro mundo.A pesquisa conta com recorte na música eletrônica dançante estadunidense para que possamos compreender, primeiramente, como se desdobrou o processo de
embranquecimento nos locais de origem do som. Ainda há muito a ser questionado,
trazendo a pesquisa para a realidade do Brasil e enriquecendo o questionamento com
interseccionalidades de gênero e a presença da mulher preta na indústria de música
eletrônica dançante; tais questões ficam para o desenvolvimento da pesquisa em uma
próxima oportunidade. |
Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Comunicação, 2019. |
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