Título: | Territorializar a academia : a organização política indígena e a conquista da Maloca UnB |
Autor(es): | Gama, Victoria Miranda da |
Orientador(es): | Guimarães, Sílvia Maria Ferreira |
Assunto: | Universidade de Brasília (UnB) - estudantes Cultura indígena Etnografia Interculturalidade Ações afirmativas - modelo afirmativo racial Povos indígenas Cotas raciais - universidades Índios - educação Ensino superior |
Data de apresentação: | 28-Mar-2018 |
Data de publicação: | 30-Jul-2020 |
Referência: | GAMA, Victoria Miranda da. Territorializar a academia: a organização política indígena e a conquista da Maloca UnB. 2018. 113 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Sociais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018. |
Resumo: | A presente investigação etnográfica propõe-se a refletir sobre a inserção dos estudantes
indígenas na Universidade de Brasília (UnB). Para tanto, como construção teórica serão
mobilizados os conceitos de interculturalidade e territorialidade. Além disso, os argumentos
também foram tecidos mediante o debate a respeito das Ações Afirmativas, inaugurado na
década de 90, no Brasil. Como ponto de partida analítico, a Associação dos Acadêmicos
Indígenas e o Centro de Convivência Multicultural dos Povos Indígenas (Maloca UnB) operam
como indicadores da mobilização coletiva e política indígena na universidade. Enquanto
ferramenta metodológica, a revisão documental, a observação participante e as entrevistas
abertas constituíram-se em instrumentos que subsidiaram a coleta de dados. Dito isso, interessa
investigar quais os limites ao respeito e ao reconhecimento à diversidade cultural inserida no
espaço acadêmico. Indaga-se, ainda, o que a presenças das(os) acadêmica(os) indígenas incide
na universidade? Nessa linha, quais as dinâmicas empreendidas por esses agentes no que tange
principalmente o respeito, a afirmação e a legitimação de suas identidades, epistemologias e
cosmologias? Como resultados, observa-se que a permanência desses estudantes é evidenciada
em constante ameaça. O racismo estrutural e institucional ainda é operacionalizado, revelandose em barreiras epistemológicas, relações interpessoais, atrasos financeiros e obstáculos
burocráticos. Nota-se que os avanços foram fundamentais, mas ainda há um longo caminho a
ser percorrido e entraves institucionais a serem superados. A garantia ao acesso resta como
insuficiente, uma vez que os empecilhos, referentes desde a saudade da família, à dificuldade
de encontrar uma moradia, são condicionantes e por vezes impraticáveis. Contudo, pontua-se a
importância da conquista do Vestibular Específico Indígena e da Maloca, enquanto espaço
político de territorialização, assim como da Associação dos Acadêmicos, enquanto instância
que potencializa a elaboração de estratégias, dialogando com a mobilização indígena nacional. |
Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, 2018. |
Licença: | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor que autoriza a Biblioteca Digital da Produção Intelectual Discente da Universidade de Brasília (BDM) a disponibilizar o trabalho de conclusão de curso por meio do sítio bdm.unb.br, com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 International, que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que seja citado o autor e licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação desta. |
Aparece na Coleção: | Ciências Sociais - Antropologia
|
Todos os itens na BDM estão protegidos por copyright. Todos os direitos reservados.