Resumo: | O presente estudo buscou referenciais do debate teórico conceitual sobre cooperação internacional e identificou suas vertentes para o desenvolvimento internacional praticadas pelo Governo brasileiro. Como ferramenta de análise, propôs-se uma abordagem segundo o “foco prioritário” para a discussão de um enquadramento estratégico segundo o perfil de parceiros potenciais. Abordagem orientou a análise da adequação dos instrumentos, mecanismos, modalidades de apoio e vertentes de cooperação. A revisão do debate sobre internacionalização da ciência e os processos de consolidação e expansão do Sistema Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação – SNCTI revelou o caráter instrumental da “diplomacia da ciência”. Esta última explica o uso da cooperação científica e tecnológica como suporte à cooperação Sul-Sul - CSS, pautada na “diplomacia solidária”. Observou-se que a CSS conduzida pelo Brasil, busca envolver tanto os países vizinhos do continente sul-americano quanto os países emergentes ou nações em desenvolvimento extra-regionais. Por fim, concluiu-se que para uma cooperação técnica - CTPD focada na transferência de tecnologia brasileira pode ser reforçada pela cooperação triangular envolvendo países desenvolvidos e países de menor desenvolvimento relativo; para países com baixíssima capacidade científica, deve-se contar com a contribuição brasileira no fortalecimento de sua comunidade científica, principalmente, mediante a vertente acadêmica; para países com produtividade científica intermediária, deve-se focar em uma intensa e aprimorada cooperação científica e tecnológica – CI–C&T aprimorada, visando maior atração de estudantes estrangeiros e inserção internacional da comunidade científica brasileira; e, para países emergentes com alto índice de produtividade científica, deve-se recuperar o atraso na formação, aproximação e interconexão das respectivas comunidades científicas e, deve-se contar com uma ação contundente da “diplomacia da inovação” para aprofundar as oportunidades de cooperação em ciência, tecnologia e inovação – CI-CT&I. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT The present work looked for reference in the conceptual – theoretical debate about international cooperation and identified its branches for international development. As an analytical tool, it was proposed an approach according to a “priority focus” for a discussion of a strategic frame fitting potential partners profiles. This approach guided the conformance analysis of instruments, mechanisms, modalities of support and cooperation branches. The debate revision about internationalization of science and the processes of consolidation and expansion of National System of Science, Technology and Innovation – SNCTI revealed the instrumental character of “science diplomacy”. The last explain the use of scientific and technological cooperation as a support for South-South cooperation, laying down over a “solidary diplomacy”. It was observed that the Brazilian SSC use to enroll neighbors South American countries, as well emergent countries or extra-regional development nations. In the end, it was concluded that for a technical cooperation focused in the Brazilian technological transfer, it can be reinforced by triangular cooperation enrolling developed countries and last developed countries; for countries with little scientific capacity, it should count with Brazilian contribution to strength its scientific community, mainly through the academic branch; for countries with intermediary productivity, it should focus on intense and improved scientific and technological cooperation; looking for attract foreign students and the international insertion of the Brazilian scientific community; and, for the emergent countries with high level scientific productivity, it should recover the lateness in the formation, approximation and interconnection of the respective scientific communities and it should count with an strong action of “innovation diplomacy” to deep in the opportunities of scientific, technological and innovation cooperation. |