Simulação realística como abordagem de ensino para profissionais de enfermagem

Abstract

Introdução: A simulação e o treino simulado são reconhecidos como estratégias pedagógicas fundamentais na formação de profissionais de saúde e caracteriza-se pelo impacto em várias dimensões, inclusive na satisfação e autoconfiança à segurança do indivíduo, alvo dos cuidados de enfermagem. Objetivos: Comparar se há diferença entre o efeito provocado pela estratégia de simulação combinada à teoria e a simulação isolada sobre a evolução da satisfação e autoconfiança de profissionais de enfermagem. Metodologia: Estudo quase-experimental quantitativo, com pré e pós-testes. O estudo foi realizado em um hospital de ensino do Distrito Federal, a amostra constituiu-se de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Para a coleta de dados adotou-se um questionário estruturado como pré e pós-testes e ainda a escala de satisfação e autoconfiança na aprendizagem. A amostra foi de conveniência e constituiu-se de 53 profissionais de enfermagem (enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem) sendo que 26 profissionais compuseram o grupo experimental e 27 o grupo controle, à época ativos na unidade. Para análise estatística foi utilizado o teste não paramétrico Mann-Whitney. A comparação pareada entre os grupos foi realizada com o teste não paramétrico de Wilcoxon. Resultados: A satisfação dos profissionais em relação a aprendizagem tanto no grupo experimental como no controle, mostrou melhora da condição inicial (baseline) para a condição após implementação das estratégias de ensino. Porém sem relevância estatística (p=0,1 vs p=0,4), respectivamente. A satisfação com o ganho de conhecimento aumentou de 3,2 1,0 para 3,5 0,8 no grupo experimental. No que se refere a autoconfiança, houve melhora significativa nos profissionais do grupo experimental da fase inicial para a final (p=0,007), diferente do grupo controle, que embora tenha mostrado melhora não houve relevância estatística (p=0,06). Conclusão: Os resultados confirmaram que a autoconfiança dos profissionais expostos a simulação combinada à teoria (grupo experimental) melhorou significativamente em relação àquele que vivenciou a simulação isoladamente.