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Título: A Catharsis de Gustave Akakpo : dramaturgia africana contemporânea pelo coletivo En classe et en Scène
Autor(es): Lima, Aline Bastos
Orientador(es): Reis, Maria da Glória Magalhães dos
Assunto: Literatura africana
Teatro (Literatura)
Literatura contemporânea
Data de apresentação: 2018
Data de publicação: 8-Out-2019
Referência: LIMA, Aline Bastos. A Catharsis de Gustave Akakpo: dramaturgia africana contemporânea pelo coletivo En classe et en Scène. 2018. 36 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Letras Português)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Resumo: O drama contemporâneo em Catharsis é uma retomada e ao mesmo tempo uma ruptura com a dramaturgia clássica. Na peça o título do texto toma vários significados ao oferecer ao leitor a possibilidade de uma interpretação teatral, medicinal e/ou filosófica do termo, e ao deixá-lo livre para se questionar: catarse de quem, por quem, para quem? A história toca no cerne das feridas de uma mãe cujos filhos estão espalhados no mundo. A personagem principal é a figura de uma ex-rainha e “ex-mulher” (como a própria descrição das personagens afirma). Ellè simplesmente é. É a rainha-mãe, é a mãe prostituída, tirânica e, por vezes, amorosa, é a rainha de um reino devastado e que não soube defender seu reinado contra os invasores. Ela passa por um ritual expurgatório para “enterrar o passado e renascer para a vida” como afirma o guardião do Oráculo. Apresentando uma travessia geográfica, histórica e emocional vivida pelos personagens, o texto mostra vidas exiladas de si mesmas, de seu passado e, por vezes, de seu porvir. A travessia, segundo Sylvie Chalaye uma figura recorrente do tipo de teatro de Akakpo, é um canal para entender as metáforas contidas na trama. Prova disso são as histórias dos personagens Iléfou, Iléki e Ilénoir, três filhos da rainha-mãe que tomaram destinos diferentes, entretanto carregam protesto, mágoa e reivindicação de uma identidade negada e, por vezes, reconstruída à força com os tropeços do caminho. São as vozes desses filhos que remetem à Rainha-mãe seu sofrimento, sua decadência, seu passado lamentável. Também é por meio dessas histórias que ela relembra a realeza e força contida em suas raízes, em sua descendência. A dramaturgia contemporânea discutida na presente pesquisa por meio das obras de Jean-Pierre Sarrazac e Sylvie Chalaye remete a uma África não televisionada que também se explica pela reinvenção de sua história (CHALAYE, 2004). O trabalho a seguir propõe uma análise dessa dramaturgia contemporânea, descrevendo a primeira apresentação da peça feita no Brasil graças ao grupo En classe et en Scène.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, 2018.
DOI: http://dx.doi.org/10.26512/2018.TCC.22547
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