Título: | Jornalismo em línguas não oficiais : exercício e cidadania das emissoras públicas no Brasil e Angola |
Autor(es): | José, Luís Felgueira |
Orientador(es): | Castro, Carlos Potiara Ramos de |
Assunto: | Línguas indígenas Radiodifusão - aspectos sociais Representações sociais |
Data de apresentação: | 13-Ago-2018 |
Data de publicação: | 29-Mai-2019 |
Referência: | JOSÉ, Luís Felgueira. Jornalismo em línguas não oficiais: exercício e cidadania das emissoras públicas no Brasil e Angola. 2013. 93 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Comunicação Social)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018. |
Resumo: | Esta pesquisa tem como objetivo avaliar como as línguas indígenas são tratadas no
âmbito da comunicação nas emissoras públicas do Brasil e Angola, por meio de um estudo
comparado, e como estão representados os povos indígenas nas emissoras. Com isso, visa
identificar como se dão as representações das línguas indígenas na grade de programação desses
veículos e reflete sobre a importância destas emissoras na conquista de direitos humanos e
sociais. Neste sentido, o trabalho se focalizou nas análises quantitativas da grade de
programação e qualitativas da estrutura organizacional das emissoras públicas angolanas e
brasileira, utilizando-se indicadores de qualidade da radiodifusão pública apontados pela
UNESCO (BUCCI et al, 2012) A pesquisa se deu em três etapas: 1) Levantamento de dados
relativos à população indígena em emissoras públicas de ambos os países; 2) Entrevista
semiaberta com os gestores destas emissoras; 3) Análise quantitativa da grade de programação
das emissoras. A análise quali-qualtitativa foi realizada a partir da visualização dos conteúdos
encontrados por meio de busca das palavras-chave “índio”, “indígena”, “cultura indígena” e
“populações indígenas” nas respectivas páginas das emissoras, considerando-se o período de
2013 a 2017. Observamos os conteúdos relacionados às populações indígenas produzidos pelas
emissoras brasileira e angolana. Também verificamos quatro tendências que perpassam a
programação plural de qualidade: a regionalização, a especialização, a promoção de debates
que encorajem a multiplicidade de vozes e a produção de conteúdo por pessoas de etnias às
quais aquele conteúdo se destina. No campo dos desafios, no que se refere ao Brasil,
identificamos quatro: aumentar e melhorar o acesso à transparência nas páginas das emissoras;
produzir mais conteúdo que tenha como público-alvo as populações indígenas; criar espaços
para representatividade de pessoas indígenas no corpo de colaboradores das emissoras; efetivar
políticas públicas de comunicação que garantam a continuidade da programação. |
Abstract: | This research aims to evaluate how indigenous languages are treated in the context of the
communication in public broadcasters in Brazil and Angola, through a comparative study, and
how the indigenous peoples are represented in the broadcasters. With this, it aims to identify
how the representations of indigenous languages are given in the programming grid of these
vehicles and reflects on the importance of these stations in the achievement of human and social
rights. In this sense, the work focused on the quantitative analysis of the programming and
qualitative grid of the organizational structure of the Angolan and Brazilian public broadcasters,
using indicators of quality of public broadcasting pointed out by UNESCO (BUCCI et al, 2012).
three steps: 1) Survey of indigenous population data on public broadcasters in both countries;
2) Semi-open interview with the managers of these stations; 3) Quantitative analysis of the
programming grid of the stations. The qualitative-qualitative analysis was carried out by
visualizing the contents found by searching for the keywords "indio", "indigenous",
"indigenous culture" and "indigenous populations" on the respective pages of the stations,
considering the period from 2013 to 2017. We observed the contents related to the indigenous
populations produced by the Brazilian and Angolan broadcasters. We also see four trends that
permeate plural quality programming: regionalization, specialization, the promotion of debates
that encourage multiplicity of voices and the production of content by ethnicities to which that
content is intended. In the field of challenges, with regard to Brazil, we identified four: increase
and improve access to transparency on the pages of broadcasters; produce more content
targeting indigenous populations; create spaces for the representation of indigenous people in
the staff of the broadcasters; implement public communication policies that guarantee the
continuity of programming. |
Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Comunicação, Departamento de Jornalismo, 2018. |
Aparece na Coleção: | Comunicação - Jornalismo
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