Resumo: | A investigação realizada nesta monografia objetivou compreender a constituição histórica e
os sentidos associados ao termo “consumo consciente”. Por meio de uma revisão
teórico-bibliográfica, traçou-se um panorama das transformações históricas que permitiram a
emergência de uma conscientização do consumo. Compreendeu-se a sociedade de consumo e
a cultura de consumo (BARBOSA, 2004; LIPOVETSKY, 2007; SLATER, 2002), as
fragmentações socioculturais que levaram à pluralidade de construções identitárias (HALL,
2006; SLATER, 2002) e à categorização da moda como um “fato social total” (MAUSS,
2003; CALDAS, 2004; CALANCA, 2008). Explorou-se a autonomia do consumidor de
moda (LIPOVETSKY, 2009), a moda de consumo (CRANE, 2008) e a relação entre a moda
e a comunicação (BARNARD, 2003; SVENDSEN, 2010). A necessidade de um propósito
para o consumo surgiu (CARVALHAL, 2016) e foi feita uma análise das diversas
conceituações envolvendo o consumo consciente que foram encontradas durante a realização
de pesquisa exploratória bibliográfica. Ao fim, chegou-se à compreensão do “consumo
consciente de moda”, que é assessorado pela “rede da conscientização”, ferramenta formada
pelo conjunto de consumidores, políticas, mídia, marcas e/ou negócios de moda e indústria da
confecção. Logo, foi possível ver que a moda configura um fator de mudança social e o
consumo consciente de moda, por sua vez, representa um exercício conjunto que deve ser
estabelecido e debatido pela sua rede de sustentação de forma a inserir nos debates todas as
camadas da sociedade. |