Resumo: | Os “babaçuais” ou “mata dos cocais”, ocupam enormes extensões de terras onde há a presença de diversas palmeiras: macaúba (Acrocomia sclerocarpa), bacaba (Oenocarpus ssp.), babaçu (Orbignia martiana), tucum (Bactris setosa) etc. Vale destacar que de todas essas palmeiras, o babaçu, também conhecido como boi vegetal, é a que apresenta maior importância ecológica, social e política como produto extrativo, pois a sua extração envolve uma infinidade de famílias nos Estados do Tocantins, Maranhão, Pará e Piauí. O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão dos documentos escritos a respeito do coco babaçu, buscando a ratificação sobre a utilização total deste vegetal para provar se realmente usa-se tudo que o mesmo oferece, para isso será traçado um panorama sobre o coco babaçu tentando responder às seguintes perguntas: 1-Qual a classificação científica e histórica? 2- Qual a importância no contexto social? 3-Quais as partes que compõem o coco babaçu? 4- Para que serve o coco babaçu? 5-E a tecnologia? A classificação científica do coco babaçu é algo bem diversificada e controversa, pois diversos autores o classificam em diferentes gêneros e espécies, chegando até a causar confusão e também disputa tanto, quanto ao seu lugar de origem como quanto à sua identificação científica e desde o século XIX, no Maranhão, há notícias sobre diferentes sujeitos lidando com esse recurso natural, no Maranhão concentra-se dos 18 milhões de hectares existentes no Brasil, cerca de 10 milhões de hectares, e junto com o Piauí, apresenta zonas de alta densidade, com populações superiores a 200 palmeiras por hectare. A árvore de babaçu é uma palmeira brasileira de grande porte (até 20 m), de tronco cilíndrico e copa em formato de taça (VIVACQUA FILHO, 1968, citado por TEIXEIRA), existem, em conjunto, 15 a 20 folhas ou palmas, de cinco a dez metros de comprimento, com bainha e pecíolo persistentes e fibrosos, os frutos são em formato elipsoidal, mais ou menos cilíndrico, pesando de 90 a 280 g |