Resumo: | A carbonização de biomassa juntamente com a briquetagem de finos, apresenta-se como uma alternativa promissora para o melhoramento das propriedades energéticas de combustíveis sólidos, principalmente aqueles de uso doméstico, com geração de renda e favorecimento da busca pela preservação do meio ambiente. Neste sentido, o presente estudo tem por objetivo avaliar a substituição do amido de milho pela quirela de milho como aglutinante. Nesse intuito, foi realizada a carbonização de toretes de Eucalyptus grandis a uma taxa de aquecimento de 1,66 ºC/min durante 4h até o patamar de 400ºC e o carvão foi triturado em moinho de faca e classificado em peneira de 60mesh. Os aglutinantes foram gelatinizados com a adição de 125ml de água e misturados até a temperatura máxima de 85ºC. Os briquetes, nas formulações 60/40 e 70/30 de carvão e aglutinante respectivamente, foram produzidos a frio em prensa hidráulica, com pressão constante de 0,5 toneladas. Após os briquetes serem secos a 0% de umidade, foram determinadas densidade aparente pelo método estequiométrico, a resistência mecânica pela norma COPANT 30:1-0011 e a densidade energética. A análise estatística foi feita em esquema fatorial (2 X 2), onde foi avaliado o efeito da interação entre aglutinante e formulação na densidade, resistência mecânica e densidade energética, ao nível de significância de 1% de probabilidade. Do ponto de vista estatístico, houve interação aglutinante*formulação na avaliação da densidade aparente e densidade energética, enquanto que para a resistência mecânica a interação não foi significativa, sendo os fatores analisados de forma isolada. Ao analisarmos a densidade, os briquetes com amido de milho apresentaram valores médios superiores aos produzidos com quirela de milho, sendo que a formulação 60/40 mostrou-se como a melhor; o mesmo comportamento foi observado ao analisar a densidade energética, já que a densidade energética e a densidade aparente apresentam forte correlação; em relação a resistência dos briquetes com diferentes aglutinantes e diferentes formulações foi possível inferir que briquetes aglutinados com amido de milho na formulação 60/40 são mais resistentes que os outros briquetes. Sendo assim, podemos concluir que o uso de quirela de milho como alternativa ao amido de milho é viável do ponto de vista técnico, já que as propriedades dos briquetes de quirela de milho, principalmente na formulação 70/30 possuem valores de densidade e densidade energética muito próximos aos de quirela de milho na mesma formulação. |