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Título: Avaliação da eficácia dos desinfetantes para controle de larvas de nematódea em hortaliças
Autor(es): Silva, Ana Pereira da Rocha
Orientador(es): Machado, Eleuza Rodrigues
Coorientador(es): Akutsu, Rita de Cássia
Assunto: Alimentos - contaminação
Segurança alimentar
Alface - doenças e pragas
Doenças parasitárias
Hortaliças
Controle sanitário
Data de apresentação: 2017
Data de publicação: 1-Dez-2017
Referência: SILVA, Ana Pereira da Rocha. Avaliação da eficácia dos desinfetantes para controle de larvas de nematódea em hortaliças. 2017. 61 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Gestão da Produção de Refeições Saudáveis )—Universidade de Brasília, Brasília, 2017.
Resumo: Enteroparasitoses são doenças causadas por helmintos e protozoários que habitam o trato intestinal. A maioria dos parasitos intestinais tem a transmissão por via fecal-oral, tendo a ocorrência fortemente relacionada às precárias condições higiênico-sanitárias. A principal fonte contaminação do homem por enteroparasitos ocorrem pela ingestão de hortaliças ou água contaminadas com cistos de protozoários, ou ovos e larvas de helmintos. Estima-se que exista cerca de 3,5 bilhões de pessoas infectadas por enteroparasitos no mundo, especialmente em países subdesenvolvidos, com maiores prevalências em locais de níveis socioeconômicos baixos. Objetivo: Avaliar o efeito de sete sanitizantes popularmente usados na eliminação de larvas infectantes de Strongyloides venezuelensis em alfaces in vitro. Material e Métodos: Os desinfetantes foram usados após lavagem para desinfetar frutas, verduras, legumes e vegetais, cujas concentrações das soluções (1 L) e tempo de imersão das hortaliças variaram: 1: Qually Clor e 2. Hidroesteril, nas doses de 0,1 mL/L de água por 15 min.; 3: Pury vitta, na dose de 6 mL/L água durante 5 min.; 4. Use Clor na dose de 0,5 mL/L por 10 min.; 5: Sabão neutro Ypê, na dose de 0,2 mL/L de água por 20 min.; 6. Água sanitária (Qboa) na dose de 0,2 mL/L de água por 30 min.; 7. Vinagre de álcool composto uma colher de sopa/L de água por 30 min. Foram usadas 10 folhas de Lactuca sativa variedade Vera (Alface folha crespa), para cada teste realizado. Cada folha foi contaminada com cerca de cinco larvas infectantes de S. venezuelensis, deixadas em repouso durante 30 min. Findo cada tempo, as folhas foram recolhidas e lavadas com auxílio de uma escova em cuba contendo 250 mL de água destilada. Em seguida elas foram enxaguadas com 50 mL de água. As águas resultantes das imersões e das lavagens foram distribuídas em cálices previamente identificados e deixados em repouso por 18 horas. Em seguida o sobrenadante desprezado e 5 mL do sedimento examinado. Também, foi testada a ação dos desinfetantes sobre larvas infectantes de S. venezuelensis nos produtos puros (1 mL), e nas diluições: 0,5 mL, 0,1 mL, 0,05 mL para cada mL de água destilada, sendo o volume final de 1 mL. Todos os materiais foram examinados, usando microscópio ótico, com objetiva de 20x. Resultados e Discussão: Nenhum dos produtos matou 100% das larvas colocadas sobre a alface e mantidas por 18 horas em repouso. Todos os produtos testados nas concentrações e tempos sugeridos pelos fabricantes foram ineficazes para matar as larvas. Porém, quando testadas às substâncias puras por 15 min sobre o parasito, exceto o vinagre e sabão Ypê, todas mataram 100% dos vermes. Por outro lado, quando esses produtos foram diluídos em 50, 25 e 20% (v/v) e mantidos por 30, 45, e 60 min. de exposição, somente o produto Qboa 100% matou e degradou as larvas no tempo de exposição ao produto. Os demais desinfetantes mataram aproximadamente de 40% a 60% dos vermes. Os resultados mostram que os produtos comercializados para desinfecção de verduras não foram eficazes para matar larvas infectantes de S. venezuelensis na dosagem e tempo recomendado pelos fabricantes. Para serem eficazes, os produtos precisam ser usados puros, ou em doses muito maiores e permanecerem por muito mais tempo em contato com os parasitos, o que é inviável devido à ação deles sobre o vegetal degradando-o. Adicionalmente, altas concentrações dos produtos tornam oneroso o uso deles na higienização das verduras, e aumentam o risco à saúde do consumidor, devido à toxicidade, além de prejudicar as qualidades sensoriais do vegetal.
Abstract: Enteroparasitoses are diseases caused by helminths and protozoa that inhabit the intestinal tract. Most of the intestinal parasites have a fecal-oral transmission, there occurrence being strongly related to the precarious hygienic-sanitary conditions. The main source of contamination of humans by enteroparasitos occurs through the ingestion of vegetables or water contaminated with cysts of protozoa, eggs and larvae of helminths. It is estimated that there are about 3.5 billion people in the worldinfected with enteroparasites, especially in underdeveloped countries, with a higher prevalence in places of low socioeconomic levels. Objective: To evaluate the effect of seven popularly used sanitizers on the elimination of infective larvae of Strongyloides venezuelensis in lettuce in vitro?. Material and Methods: Disinfectants were used after washing to disinfect fruits, vegetables and plants, whereby concentrationper solution (1 L) and immersion time of vegetablesin solution varied:1: QuallyClor and 2. Hydroesterilin doses of 0.1 mL / L of water for 15 min.; 3: Puryvitta at the dose of 6 mL / L for 5 min; 4. UseClor at a dose of 0.5 mL / L for 10 min; 5: Neutral soap Ypê, at the dose of 0.2 mL / L for 20 min; 6. Sanitary water (Qboa) at a dose of 0.2 mL / L for 30 minutes; 7. Alcohol vinegar, one tablespoon per one Liter of water for 30 min. Ten leaves of Lactuca sativa variety Vera (Curly leaf lettuce) were used for each performed test. Each leaf was contaminated with about five S. venezuelensis infective larvae and allowed to rest for 30 min. Each time the leaves were collected, they have been washed with a brush in a contai? Containing 250 ml of distilled water. Then they were rinsed with 50 ml of water. The water from the immersions and washes were distributed in previously identified chalices and allowed to stand for 18 hours. Afterwards the supernatant was discarded and 5 mL of the sediment was examined.The effectiveness of disinfectants on S. venezuelensis infective larvae in pure products (1 mL) and dilutions: 0.5 mL, 0.1 mL, 0.05 mL for each mL of distilled water were tested, having a final volume of 1 mL. All materials were examined using an optical microscope with a 20x magnification. Results and Discussion: None of the products killed 100% of the larvae placed on lettuce and maintained for 18 hours at rest. All products tested at concentrations and times suggested by manufacturers were ineffective at killing the larvae. However, when the substances in a pure form were tested on the parasitefor 15 min, all, except for vinegar and soapYpê?, killed 100% of the worms. On the other hand, when these products were diluted by 50, 25 and 20% (v / v) and maintained for 30, 45, and 60 min, only Qboa1 00 killed and degraded the larvae at the time of exposure to the product. The other disinfectants killed approximately 40% to 60% of the worms. The results show that products commercialized for disinfection of vegetables were not effective to kill S. venezuelensis infective larvae at the dosage and time recommended by the manufacturers.To be effective, the products need to be used pure, or in much larger doses than recommended by the manufacturers, and have to stay longer in contact with the parasites, which is unfeasible due to their action degrading the vegetables.In addition, high concentrations of the products make it costly to clean the vegetables, and increase due to the toxicitythe health risk of the consumer, besides impairing the sensorial qualities of the vegetables.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (especialização)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, 2017.
Aparece na Coleção:Gestão da Produção de Refeições Saudáveis



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