Desenvolvimento de macrófitas em leitos no tratamento do efluente sanitário

Abstract

O presente trabalho teve como objetivo avaliar o desenvolvimento de três espécies de macrófitas em sistema de zona de raízes no tratamento de esgoto doméstico. O experimento foi realizado na Fazenda Água Limpa – FAL da Universidade de Brasília – UnB, no período de outubro de 2015 a julho de 2016. A estação de tratamento de esgoto é composta por três tanques sépticos constituídos de Policloreto de Vinila (PVC) e quatro leitos cultivados em série, sendo três deles cultivados respectivamente com as macrófitas Taboa (Typha spp), Papiro brasileiro (Cyperus giganteus) e Lírio do brejo (Hedychium coronarium Koehne). Para facilitar as avaliações cada leito de cultivo foi dividido em 4 blocos com 24 plantas (4 fileiras com 6 plantas), totalizando 96 plantas avaliadas. As avaliações foram realizadas em intervalos de 15 em 15 dias, onde avaliou-se, altura das plantas, diâmetros do caule, perfilhamento, peso fresco e peso seco de cada uma das macrófitas. As espécies Lírio do brejo, papiro brasileiro e taboa apresentaram desenvolvimento menor na entrada do sistema de zona de raízes sendo progressivo em direção à saída dos mesmos. O papiro brasileiro e a taboa apresentam melhor desenvolvimento, adaptação e uniformidade dentro no sistema de zona de raízes para as variáveis perfilhamento, altura da planta, diâmetro do caule e peso fresco e seco. O lírio do brejo não se adaptou ao efluente de esgoto da FAL/UnB, com desempenho satisfatório somente no quarto final do sistema de zona de raízes.