Resumo: | Hoje o cotidiano exige, não apenas codificar sons e letras, mas entender os significados do uso da leitura e da escrita em diferentes contextos. Em decorrência dessa nova realidade social, surgi o termo letramento, que segundo Soares (1998), caracteriza aquele que sabe fazer uso do ler e do escrever, que responde às exigências que a sociedade requer nas práticas de leitura e de escrita do cotidiano. Um pensamento semelhante encontramos na definição de alfabetização funcional de Moreira (2006) que define como sendo a habilidade do indivíduo de ler, escrever e falar e computar e resolver problemas em níveis de proficiência necessários para funcionar no trabalho e em sociedade. Em confronto com este conceito de letramento, temos no Brasil cerca de 20,03% da população, segundo censo do Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE) de 2010, e de 27%, segundo o Instituo Paulo Montenegro, de pessoas consideradas analfabetos funcionais, e que precisão ser letradas. Essa parcela da população é constantemente marginalizada nos grupos sociais, trabalho, escola e apresenta os piores salários, segundo Botelho (2015). E neste quadro crítico do Brasil, a escola, sendo a principal instituição responsável pelo ensino da leitura e escrita, deve procurar revisar o conceito de alfabetização e buscar novas metodologias, priorizando uma alfabetização plena. Neste intuito, será que o uso de novas tecnologias da comunicação e informação podem contribuir como facilitadoras do letramento? Já que elas surgem como novas possibilidades de comunicação, interação, troca de conhecimentos, o que propicia novas formas de aprender, ensinar e produzir conhecimento? Tentando responder estes questionamentos o presente estudo se propõe a: fazer uma análise do uso das tecnologias como ferramenta do letramento; conhecer a opinião dos alunos envolvidos na pesquisa sobre as tecnologias empregadas em sala de aula e verificar se os professores valorizam essas novas ferramentas. A pesquisa teve cunho descritivo, tendo como premissa que esta técnica visa observar, registrar, analisar e correlacionar fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá-los. Ela foi analisada de forma quantitativa de uma amostra de 6 professores de Letras Português, que foram entrevistados, e 70 adolescentes , que responderam dois questionários com 6 questões de múltipla escolha e uma questão aberta, Após a análise dos dados foi verificado que a tecnologia empregada nesta pesquisa, vídeos curtos da internet, apresentaram um resultado satisfatório para as questões de difícil interpretação e no que se refere a riqueza de detalhes na questão aberta, já pelas entrevistas, verifica-se que, mesmo a maioria dos professores reconhecendo o valor do uso das tecnologias, eles ainda apresentam dificuldades em utilizá-las em sala de aula. |