Preparo e estudo fisico-químico e morfológico de hidrogel de alginato recoberto com quitosana contendo berberina

Abstract

O estudo de micro e nanopartículas poliméricas como sistemas de liberação controlada de fármacos tem se estendido cada vez mais, revelando as vantagens e desvantagens dos diversos polímeros, naturais ou não, mostrando as particularidades das diversas técnicas de produção. A quitosana e alginato utilizados no presente estudo são dois importantes polímeros naturais bastante utilizados na produção de micro e nanopartículas poliméricas. Algumas de suas vantagens são sua biocompatibilidade, capacidade de ser biodegradável, ou capacidade de formar hidrogeis, que são mais resistentes, quando comparadas ao polímero sozinho. As técnicas de produção utilizadas aqui, complexação polieletrolítica e spray drying, permitiram a produção de micro e nanopartículas com esses polímeros em separado ou formando um complexo alginato-quitosana. Foi feita a caracterização físico-química das micropartículas de alginato recobertas com quitosana, realizando teste de intumescimento com o qual foi possível analisar o comportamento do hidrogel em diferentes solventes. Foi feita também a incorporação de um fármaco, a berberina, e estudado o perfil de liberação desse fármaco em pH 5,5; 7,4 e 10, o que mostrou que em meio ácido a liberação ocorreu de forma abrupta, em meio neutro a liberação se deu de forma sustentada, pelo equilíbrio de cargas e estabilidade do hidrogel, e em meio básico a liberação não ocorreu possivelmente porque nesse pH os grupos amino da quitosana encontram-se desprotonados, e assim, o grau de inchamento do hidrogel é inferior. Além disso, foram feitas imagens por microscopia eletrônica de varredura, que permitiram observar que as micropartículas apresentam superfície mais rugosa e irregular, comparando-se com as nanopartículas.