Resumo: | Esta monografia tem por objetivo refletir sobre os conceitos de predicação verbal que foram abordados pela gramática tradicional e, por conseguinte, pela linguística moderna. Tem-se como o cerne dessa discussão os verbos monoargumentais, que são os inacusativos e os inergativos, tradicionalmente considerados como intransitivos pelas gramáticas de Rocha Lima (2000), Cunha & Cintra (2001), e Bechara (2009). Os dados para esta pesquisa foram coletados a partir de expressões empregadas em nossa linguagem cotidiana, sendo que algumas construções foram tiradas da internet, especificamente, do Dicionário Informal On-line, (Disponível em: <http://www.dicionarioinformal.com.br/>) e outras sentenças foram criadas. A presente análise parte dos verbos no particípio que, em construções de predicado nominal, transpõem o significado lexical de um verbo correspondente, propondo assim uma interpretação metafórica para a sentença. Para isto, essa análise descritiva baseia-se nos seguintes autores: Elizeu (1984), Duarte (2003), Ciríaco & Cançado (2004), Lunguinho, Resenes & Negrão (2012) e Nascimento (2014), os quais buscam explicar os fenômenos de inacusatividade que têm ocorrido na Língua Portuguesa. Verificou-se que os particípios apresentaram um sentido metafórico em construções V VDO e VDO, e também V VDO/VDO. Observou-se, ainda, que alguns particípios compartilham relações de proximidade e sinonímia, pois, conotam um mesmo sentido e uma mesma referencia contextual. Utilizou-se o teste sintático Particípio Absoluto para realizar o diagnóstico de inacusatividade. Por fim, conclui-se, previamente, que há uma possível relação de troca de argumentos entre inacusativos, inergativos em algumas sentenças participiais. Além disso, os dados apontaram que algumas construções inacusativas e transitivas, desde que o argumento interno seja o sujeito da sentença, podem ocorrer com –se. Ante o exposto, considera-se que as discussões trazidas carecem de uma analise mais aprofundada para que se tenha uma análise mais objetiva. |