Resumo: | O objetivo deste estudo foi avaliar radiograficamente o comportamento da crista óssea alveolar interproximal após cirurgia para recuperação de espaço biológico. Participaram do estudo 11 pacientes adultos com necessidade de recuperação do espaço biológico em 14 dentes. Registros de mordida em resina acrílica foram confeccionados em posicionadores radiográficos interproximais pré-fabricados. Tomadas radiográficas foram feitas no pré e pós-operatório imediato, e após 1, 6 e 12 meses. As radiografias foram digitalizadas e submetidas à análise radiográfica linear. Os resultados foram comparados pelo teste t de Student e correlação linear de Pearson (α=5%). A remoção óssea média entre o pré e o pós-operatório imediato foi de 1,06±0,59 mm na mesial e 1,19±0,9 mm na distal. Houve tendência de ganho ósseo nos sítios mesiais (0,55± 0,07 mm) e de perda óssea nos distais (-0,82± 0,58 mm) após 1 mês e após 6 meses (0,43±0,82 mm nos sítios mesiais e -0,85±0,96 mm nos distais). Após 12 meses, quando comparado ao pós operatório imediato, houve tendência de retorno aos valores iniciais e estabilidade, tanto nos sítios mesiais (0±0,014 mm), quanto nos distais (-0,015±0,07 mm). Observou-se diferença estatística entre o comportamento da crista óssea nos sítios mesiais e distais após 1 mês (p=0,019) e tendência para diferença estatística após 6 meses (p=0,076). Não houve correlação entre a ostectomia realizada e o comportamento da crista óssea após 1 mês, mas após 6 meses observou-se correlação negativa (r=-0,65) para os sítios mesiais e positiva (r=0,66) para os distais. Após 12 meses apenas 4 sítios distais e 2 mesiais foram reavaliados, e não foi aplicada análise estatística. Por meio da análise radiográfica, observou-se reabsorção da crista óssea alveolar distal e ganho na mesial 1 e 6 meses após cirurgia para recuperação de espaço biológico, com tendência de retorno aos valores originais e estabilização após 12 meses. |