Resumo: | Dentre os produtos oriundos da atividade da cajucultura (caju in natura, castanha bruta, líquido da castanha de caju e amêndoa da castanha de caju), a amêndoa da castanha de caju é o subproduto que apresenta maior expressão econômica, com significativa importância para os agricultores da região do Nordeste brasileiro, além de ser um produto de grande consumo em países com renda per capita elevada. Portanto, objetiva-se, nesse estudo, entender como se configuram o mercado internacional da amêndoa da castanha de caju quanto à competitividade e a estrutura de mercado de 2003 a 2012, totalizando assim dez anos analisados. Para isso, através de uma pesquisa quantitativa e descritiva, foram coletados dados secundários do banco de dados do International Trade Centre - ITC, uma organização subsidiária da Organização Mundial do Comércio - OMC e da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento – UNCTAD, no intuito de realização de um panorama das importações e das exportações globais, onde se calculou o Índice Hirschman-Herfindahl - IHH e o Índice de Exportação Líquida (net export index) - NEI, para mensurar a estrutura desse mercado internacional quanto a concentração. Para entender a competitividade no setor, foram calculados o índice da Vantagem Comparativa Revelada – VCR, além do índice da Posição Relativa de Mercado - PRM. Destaca-se que os Estados Unidos da América e alguns países da União Europeia representaram os principais players importadores do produto, enquanto que o Vietnã, a Índia e o Brasil, os principais exportadores da amêndoa da castanha de caju. Constata-se uma relevante concentração de mercado, tanto nos países exportadores quanto nos países importadores. Com relação à competitividade observa-se uma queda acentuada do Brasil, que abre espaço para novos países exportadores do produto. |