Resumo: | O presente trabalho pretende verificar a efetivação do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena no Brasil no que se refere ao atendimento aos indígenas com deficiências, em especial aqueles com deficiência auditiva, que são usuários da língua de sinais para se comunicarem. A pesquisa foi realizada em dois momentos, um constituiu num levantamento de materiais bibliográficos que direcionasse o pesquisador aos temas relacionados à deficiência na saúde indígena e suas adjacências seguido de uma visita em campo baseado no método etnográfico no município de Dourados, estado do Mato Grosso do Sul - Brasil. O objetivo foi verificar a percepção sobre deficiência, e se os profissionais das diversas áreas do conhecimento que atuam na Saúde dos povos indígenas estão preparados para se comunicar-se com os indígenas com deficiência, em especial a surdez. O estudo mostrou que os tanto profissionais de saúde quanto a equipe multiprofissional que atuam no contexto indígena ainda não estão preparados para lidarem com a cultura, e com a deficiência em determinado contexto cultural. Em suma, as políticas públicas tiveram avanços ao longo dos tempos, contudo a acessibilidade para a comunidade surda quanto à efetivação dos direitos para a comunidade indígena surda ainda é uma agenda que precisa ser construída na agenda do Sistema Único de Saúde Brasileiro e no Subsistema de Atenção á Saúde Indígena. Mesmo após quase 12 anos após a criação da lei que regulamentou a Língua Brasileira de Sinais no Brasil – LIBRAS, desafios, ainda precisam ser superados, lapsos precisam ser preenchidos para que os deficientes auditivos tenham minimamente garantido a integralidade da assistência necessária e efetivação de seus direitos constitucionais garantidos. ___________________________________________________________________________ ABSTRACT The present work aims to perform an initial examination in the service processes and implementation of the Indigenous Health Attention Subsystem in Brazil as regard to the service of disabled indigenous, in special those with hearing impairment, sign language users so they can communicate themselves. The research was carried out in two moments, one provided in doing a survey of bibliographical material that led the researcher to topics related to disabilities in indigenous health and its adjacencies, secondly was an on-site visit based in the ethnographic method that happened in the city of Dourados, in the state of Mato Grosso do Sul, Brazil. The aim was to verify the perception about impairment, and if the professionals in a wide range of sectors of knowledge that work in the health of indigenous people are completely unprepared to lead and communicate with the indigenous disabled people, in special the deaf ones. The result showed us that both - as health professional as the multiprofessional team, which performs in the indigenous context, are not yet ready to deal with the culture and with the impairment in some contexts. In short, the public policies aimed to accessibility have seen significant progress concerning to accessibility. However, in the case of deaf community to make their rights effective it is still an agenda that needs to be constructed in the Public Health System in Brazil (SUS) and in the Indigenous Health Attention Subsystem. Even twelve years after the establishment of the law which regulated the Brazilian Sign Language – LIBRAS, challenges still need to be faced, gaps need to be filled in so that the hearing impaired have slightly ensured the completeness of the necessary assistance and implementation of their constitutional rights. |