Resumo: | A ureia destaca-se como fonte de nitrogênio não protéico, sendo largamente utilizada na alimentação de ruminantes, sendo que a ureia protegida, por promover liberação mais lenta no rúmen, pode melhorar o desempenho animal e substituir parcialmente fontes de proteína verdadeira. Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a utilização de fontes de ureia protegida sobre o desempenho e as características de carcaça de bovinos confinados. Sessenta bovinos Nelores machos castrados com peso médio inicial de 357,5 kg e idade média de 20 meses foram distribuídos em delineamento de blocos ao acaso. Os tratamentos consistiram de três dietas contendo diferentes fontes de nitrogênio não proteico, sendo uma fonte de ureia não protegida (Reforce N sem revestimento) e duas fontes de ureia protegida (Reforce N revestido ou OptigenII®) e uma dieta controle contendo farelo de soja como fonte de proteína verdadeira. O consumo de matéria seca foi de 11,7; 11,2; 11,3 e 10,8 kg/dia e o ganho de peso médio diário foi de 1,69;1,70; 1,60 e 1,58 kg/dia para os tratamentos contendo farelo de soja, Reforce N sem revestimento, Reforce N revestido e OptigenII®, respectivamente, não sendo observada diferença (P>0,05) entre os tratamentos. Não houve diferença (P>0,05) para os parâmetros de carcaça entre as fontes de nitrogênio avaliadas, sendo obtidos valores de rendimento de carcaça de 56,2; 55,5; 55,8 e 55,5%; área de olho de lombo de 90,2; 81,8; 88,8 e 92,0 cm2 e 3,83; 3,33; 3,16 e 3,83 mm de espessura de gordura para os tratamentos farelo de soja, Reforce N sem revestimento, Reforce N revestido e OptigenII®, respectivamente. As fontes de nitrogênio não proteico, independente de serem protegidas ou não, podem ser utilizadas em dietas para bovinos Nelores confinados sem alterar o desempenho e as características de carcaça. |