Resumo: | Introdução: A obesidade é uma doença epidemiológica determinada pelo acumulo de gordura corporal de modo excessivo. Existem várias opções de tratamento desta condição, no caso da obesidade mórbida, a cirurgia bariátrica é a opção terapêutica mais comum. O presente trabalho pretende investigar parâmetros de sucesso terapêutico em mulheres submetidas à cirurgia bariátrica há mais de 24 meses. Métodos: Estudo descritivo, que avaliou 95 mulheres com mais de 24 meses de cirurgia bariátrica no programa de pesquisa e assistência em obesidade (PASSO). Foi realizada entrevista, antropometria e consulta de prontuário para avaliação de sucesso terapêutico determinado pelos parâmetros: (1) perda de excesso de peso (PEP) superior a 50% do peso inicial; (2) manutenção de peso ou reganho inferior a 5% do menor peso pós-operatório alcançado; (3) índice de massa corporal (IMC) pós-operatório esperado e (4) controle de co-morbidades presentes no pré-operatório. Os dados foram analisados em planilha Excell versão 2010. Resultados: Entre as pacientes avaliadas 79,5 ± 22,4% apresentaram PEP superior a 50%, 31,6 ± 2,2 % encontravam-se com manutenção de peso no pós-operatório ou com reganho mínimo de peso, 40,0 % das que apresentavam antes da cirurgia IMC entre 40 e 50 kg/m2, conseguiram alcançar IMC inferior a 35 kg/m2 e entre as pacientes com diabetes e hipertensão arterial no período pré-operatório, 32,6% e 49,5 %, respectivamente, conseguiram controlar esta condição. Conclusão: Nesta amostra, apesar da perda de excesso de peso ter sido adequada para a maior parte dos pacientes, outros parâmetros avaliados não apresentaram a mesma frequência de sucesso, sendo o reganho de peso, a intercorrência mais comum após 24 meses de cirurgia bariátrica. Estes resultados confirmam as limitações da cirurgia bariátrica e sugerem que, a longo prazo, o sucesso global do tratamento pode estar comprometido, o que reforça a importância da manutenção de práticas saudáveis entre obesos operados. |