Resumo: | A cadeia da carne de frango no Brasil é um importante setor do agronegócio, ocupando as primeiras posições, no que se refere à produção mundial e, ultimamente o primeiro lugar nas exportações. O abate humanitário pode ser definido como o conjunto de procedimentos técnicos e científicos que garantem o bem-estar dos animais, desde o embarque na propriedade rural até a operação de sangria no matadouro-frigorífico. Engloba não somente a etapa de abate propriamente dita, mas leva em consideração também aspectos relacionados às etapas de pré-abate de aves como, captura, transporte, jejum e dieta hídrica, recepção e tempo de espera no frigorífico, pendura, insensibilização e sangria. É crescente o interesse pelo bem-estar animal e na demanda por produtos provenientes de abates humanitários. Para atender essa demanda, é fundamental minimizar os problemas de manejo, que interferem diretamente no produto final. No Brasil existem normas que estabelecem procedimentos que evitam o sofrimento do animal no momento do abate, tais como o RIISPOA de 1952, Portaria Nº 210 de 1998, Instrução Normativa Nº 3 de 2000, Instrução Normativa Nº 56 de 2008, ambas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que também lançou o Programa Nacional de Abate Humanitário em parceria com a WSPA. Os animais devem ser abatidos sem sofrimentos desnecessários, para isso cada etapa que antecede o abate deve ser rigorosamente monitorada e controlada observando os parâmetros e limites aceitáveis para cada fator, assim os animais terão o bem-estar preservado e consequentemente melhor qualidade na carcaça e carne. O objetivo deste trabalho, portanto foi promover uma revisão a cerca das normas, legislações e pesquisas sobre o abate de aves, aspectos relevantes ao manejo pré-abate e abate, destacando a importância do abate humanitário de aves e seu efeito no bem-estar animal, qualidade das carcaças e produto final. |