Resumo: | As inovações são os principais meios para as empresas adquirirem vantagem competitiva e gerarem desenvolvimento para o país. Porém a geração de inovações não é algo simples, pois envolve uma série de variáveis, tais como: conhecimento, disponibilidade de recursos materiais e de recursos humanos capacitados, além do contexto em que a organização está inserida, o chamado Sistema Nacional de Inovação. É por meio desse sistema que há a interação entre universidades, centros de pesquisa, empresas públicas e privadas, buscando a troca de conhecimento (principal indutor da inovação) para a decodificação das informações necessárias para a geração de produtos, processos, tecnologias ou serviços. Dentro do processo de inovação, a atividade de pesquisa e desenvolvimento (P&D) é fator crucial, pois é por meio dela que ocorre a exploração do conhecimento para posterior solução dos problemas detectados na sociedade. Porém, essa atividade só é bem sucedida, se for bem gerenciada. A gestão de projetos de P&D é feita geralmente por meio de um portfólio de projetos. Esse modelo de gestão possibilita a redução dos riscos envolvidos no processo de inovação, já que essa atividade envolve cenários com alto grau de incerteza, altos investimento, além do comprometimento de pessoas capacitadas por longos períodos de tempo. Devido a esse alto risco, o processo de seleção de projetos de P&D deve ser bem estruturado, para que a empresa não obtenha prejuízos. É baseado nesse contexto, que este trabalho busca entender o processo de gestão de projetos de P&D dentro da principal empresa de pesquisa do país, a Embrapa. Suas pesquisas trouxeram ganhos sociais, econômicos, científicos e ambientais para o país, mostrando a importância do investimento em ciência e tecnologia. Os resultados obtidos neste trabalho são uma análise crítica do modelo de gestão de projetos de P&D na Embrapa, principalmente da etapa de seleção dos projetos, e da atuação da Embrapa, juntamente com outros órgãos, para o desenvolvimento do país. |