Resumo: | O presente trabalho faz uma análise do papel da moeda e do Estado para o crescimento econômico e na prevenção e combate à crise, segundo às perspectivas ortodoxas e heterodoxas. Segundo à visão ortodoxa, podemos ver que eles consideram a moeda como neutra, e desta forma, ela não afeta a economia real, podendo afetar somente o nível de preços, provocando inflação. Assim sendo, defendem que o governo deve manter a taxa de juros alta, como meio de controlar a inflação. Os heterodoxos, por seu turno, acreditam que a moeda não é neutra, podendo influenciar o nível de investimento, emprego e produto. Sendo assim, temem o aumento da taxa de juros. A política monetária para os heterodoxos seria então necessária para estimular as variáveis reais, enquanto que para os ortodoxos, esta seria destinada apenas ao controle da inflação. No trabalho veremos que os ortodoxos acreditam que o mercado por si só é capaz de estimular o crescimento, de modo que admitem uma mínima intervenção do Estado, somente via política fiscal, já que a política monetária é necessária apenas para controlar preços. A ação do governo se justifica apenas para corrigir externalidades e falhas de mercado, não sendo considerado um bom regulador devido ao seu viés inflacionário e por provocar o efeito crowding out e o comportamento rent-seeking. Já os heterodoxos acreditam que a ação do governo é de grande importância na promoção do crescimento, tanto por meio da política monetária como também da política fiscal. Quanto à crise e as medidas adotadas para o seu combate, podemos observar que os ortodoxos têm optado por políticas de austeridade, na tentativa de reduzir o déficit, o que tem sido condenado pelos heterodoxos, que por sua vez, admitem a necessidade de uma maior regulamentação para que se possa sair da crise e promover o investimento. |