Título: | Vida além da morte : desejo e negatividade entre Hegel e Lacan |
Autor(es): | Marçal, Alexandre Cherulli |
Orientador(es): | Souza, Herivelto Pereira de |
Assunto: | Lacan, Jacques, 1901-1981 Hegel, Georg Wilhelm Friedrich, 1770-1831 Negatividade (Filosofia) Linguagem e línguas - filosofia |
Data de apresentação: | 5-Fev-2013 |
Data de publicação: | 28-Mai-2013 |
Referência: | MARÇAL, Alexandre Cherulli. Vida além da morte: desejo e negatividade entre Hegel e Lacan. 2013. 86 f. Monografia (Bacharelado e Licenciatura em Filosofia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2013. |
Resumo: | Esta pesquisa se inscreve num debate teórico entre filosofia e psicanálise. A questão movente do trabalho é a reconstrução dos primeiros anos do percurso da formação intelectual do psicanalista francês Jacques Lacan através das referências endereçadas ao filósofo alemão Georg W. F. Hegel durante esse período. Para tanto, as categorias de desejo e negatividade serão fundamentais para estabelecer o solo desse diálogo. Através da influência de Kojève, Lacan encontra a fórmula de que o desejo é o desejo do outro e, partindo dessa noção irá posicionar a função de sua metapsicologia. Num primeiro momento, Hegel serve a Lacan para repensar a relação entre sujeito e conhecimento, evidenciando a importância de uma teoria da formação do sujeito e dos objetos que não fosse nivelada ao estado do conhecimento estritamente científico típico as psicologias e a psiquiatria da época. O ser humano mantém uma relação com o mundo que não é reduzida a instâncias duais, tais como mente e mundo, sendo que o sujeito só tem propriamente um mundo na medida em que estabelece com ele uma relação marcada pela ação do desejo e da negação da realidade imediata. Está em jogo pensar o próprio estatuto da psicanálise enquanto uma ciência do inconsciente, e nesse cenário Lacan recorre a Hegel. Para tanto, o presente trabalho se constitui de três partes principais: a primeira identifica a importância da noção de desejo e negatividade na dialética do senhor e do escravo encontrada no capítulo IV da Fenomenologia do espírito de Hegel; a segunda dedica observar, através do recurso a Hegel, a importância de uma teoria do imaginário e, posteriormente, do simbólico em escritos iniciais de Lacan, tais como Agressividade em psicanálise, Estádio do espelho, Para além do princípio de realidade e partes dos Seminários I e II; a terceira parte foca numa interpretação da conferência Subversão do sujeito e a dialética do desejo no inconsciente freudiano, evidenciando o saldo de um processo de amadurecimento teórico de Lacan ao longo de sua formação e apontando para um reposicionamento da influência hegeliana em seu pensamento. |
Informações adicionais: | Monografia (graduação)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Filosofia, 2013. |
Aparece na Coleção: | Filosofia - Graduação
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