Análise do IMC e influencia no desempenho da tarefa STS em pessoas idosas

Abstract

INTRODUÇÃO: O envelhecimento populacional tem crescido globalmente, com o Brasil apresentando um aumento significativo de pessoas idosas, que já representam 14,7% da população. O envelhecimento traz mudanças fisiológicas, como perda de massa muscular, rigidez articular e alterações no equilíbrio, impactando a mobilidade e aumentando o risco de quedas. O teste Supine to Stand (STS), que avalia a capacidade de levantar-se do solo, é um indicador de independência física. O Índice de Massa Corporal (IMC) é uma ferramenta importante para avaliação antropométrica e sua relação com a saúde. Este estudo teve como objetivo analisar se o IMC influencia o desempenho no STS em pessoas idosas. METODOLOGIA: Estudo observacional, transversal e correlacional, com dados secundários de 176 idosos (≥60 anos), sendo 126 mulheres e 50 homens, recrutados no Distrito Federal. Foram coletados dados demográficos, de saúde e antropométricos (massa e estatura). O STS foi filmado e analisado com o software Kinovea. O IMC foi classificado conforme a OMS. A correlação entre IMC e desempenho no STS foi avaliada pelo teste de Pearson, com índice de significância de p<0,05. RESULTADOS: A média do IMC foi 27,04±4,3, com 68% dos participantes classificados com sobrepeso ou obesidade. O tempo médio no STS variou de 2,06 a 26,74 segundos. A correlação entre IMC e desempenho no STS foi significativa (r=0,269; p<0,001), porém de baixa magnitude. CONCLUSÃO: O IMC influencia o desempenho no STS, mas de forma limitada, pois teve uma correlação de baixa força em relação ao STS. Outros fatores, como força muscular, equilíbrio e estratégias motoras, podem contribuir para a performance.