Utilize este link para identificar ou citar este item: https://bdm.unb.br/handle/10483/42414
Arquivos neste item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2025_MarceloCorreaDeFreitas_tcc.pdf347,09 kBAdobe PDFver/abrir
Título: Saúde mental das pessoas privadas de liberdade : desafios no cuidado em ambientes prisionais
Autor(es): Freitas, Marcelo Corrêa de
Orientador(es): Teixeira Junior, Jorge Esteves
Assunto: Saúde mental
Prisioneiros
Serviços de saúde para prisioneiros
Prisões
Data de apresentação: 2025
Data de publicação: 17-Nov-2025
Referência: FREITAS, Marcelo Corrêa de. Saúde mental das pessoas privadas de liberdade : desafios no cuidado em ambientes prisionais. 2025. 29 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Medicina de Família e Comunidade) — Universidade de Brasília, Brasília, 2025.
Resumo: O cuidado à saúde mental em ambientes prisionais representa um desafio constante para os profissionais da saúde, diante das condições precárias do sistema penitenciário brasileiro e da vulnerabilidade das pessoas privadas de liberdade. O ambiente prisional, caracterizado por superlotação, ausência de atividades significativas, violação de direitos e carência de políticas públicas efetivas, intensifica os agravos à saúde mental e compromete a possibilidade de reabilitação e reinserção social. Assim, o objetivo deste estudo foi identificar os desafios que se apresentam no cuidado à saúde mental das pessoas privadas de liberdade, destacando as práticas de cuidado em ambientes prisionais e suas implicações para a saúde mental desses indivíduos. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, de abordagem qualitativa, realizada entre janeiro e abril de 2025. Foram utilizadas as bases de dados Scielo, PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), com os descritores “Saúde Mental”, “Prisão”, “Saúde Penitenciária”, “Mental Health” e “Prison”. Foram selecionados 11 artigos para análise crítica e temática. Os estudos apontam que os principais fatores que agravam a saúde mental incluem as vulnerabilidades prévias do indivíduo, além de condições inerentes ao encarceramento, como superlotação, privação de liberdade, violência institucional, isolamento social, condições insalubres e ausência de suporte psicossocial. Observou-se também a escassez de profissionais, a falta de qualificação profissional e a infraestrutura precária. Constatou-se a necessidade urgente de reorganização das práticas de cuidado em saúde mental nas unidades prisionais, com ênfase na integralidade, humanização e articulação com a RAPS. A ampliação de estratégias de cuidado baseadas na escuta, no vínculo e no fortalecimento da autonomia dos indivíduos privados de liberdade é essencial para a construção de um sistema penitenciário que respeite os direitos humanos e promova a saúde como um direito universal.
Abstract: Mental health care in prison settings represents a constant challenge for health professionals, given the precarious conditions of the Brazilian penitentiary system and the vulnerability of incarcerated individuals. The prison environment — characterized by overcrowding, lack of meaningful activities, rights violations, and the absence of effective public policies — exacerbates mental health issues and undermines the possibility of rehabilitation and social reintegration. Thus, the aim of this study was to identify the challenges involved in providing mental health care to people deprived of liberty, highlighting care practices within prison settings and their implications for the mental health of these individuals. This is a narrative literature review with a qualitative approach, conducted between January and April 2025. The databases used were Scielo, PubMed, and the Virtual Health Library (VHL), using the descriptors “Mental Health,” “Prison,” and “Prison Health”. Eleven articles were selected for critical and thematic analysis. The studies indicate that the main factors contributing to mental health deterioration include individuals' pre-existing vulnerabilities and conditions inherent to incarceration, such as overcrowding, deprivation of liberty, institutional violence, social isolation, unhealthy conditions, and lack of psychosocial support. A shortage of professionals, lack of training, and poor infrastructure were also observed. The study highlights the urgent need to reorganize mental health care practices in prison units, with an emphasis on comprehensiveness, humanization, and coordination with the Psychosocial Care Network (RAPS). Expanding care strategies based on active listening, building trust, and strengthening the autonomy of incarcerated individuals is essential for constructing a prison system that respects human rights and promotes health as a universal right.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (especialização) — Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Residência Médica HUB/UnB, Curso de Especialização em Residência Médica - Medicina de Família e Comunidade, 2025.
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor que autoriza a Biblioteca Digital da Produção Intelectual Discente da Universidade de Brasília (BDM) a disponibilizar o trabalho de conclusão de curso por meio do sítio bdm.unb.br, com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 International, que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que seja citado o autor e licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação desta.
Aparece na Coleção:Residência Médica de Medicina de Família e Comunidade



Todos os itens na BDM estão protegidos por copyright. Todos os direitos reservados.