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Título: Fazendo justiça nas nuvens: direitos digitais, armazenamento de dados e soberania no Programa Justiça 4.0
Autor(es): Queiroga, Alessandra Elias de
Orientador(es): Fians, Guilherme Moreira
Assunto: Soberania digital
Soberania
Dados - coleta
Dados - privacidade
Colonialismo
Colonialismo digital
Armazenamento de dados
Data de apresentação: 19-Set-2024
Data de publicação: 10-Nov-2025
Referência: QUEIROGA, Alessandra Elias de. Fazendo justiça nas nuvens: direitos digitais, armazenamento de dados e soberania no Programa Justiça 4.0. 2024. 98 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Sociais) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024.
Resumo: Com o avanço da dependência das tecnologias digitais, o mercado de armazenamento de dados e de provimento de serviços em nuvem se consolidou sob a dominação de grandes empresas estrangeiras, notadamente as norte-americanas. Esse domínio das chamadas big techs está associado a um à perspectiva segundo a qual o compartilhamento de dados é necessário para a melhora da própria experiência do usuário na internet. Por outro lado, cristalizou-se a sensação de inexorabilidade de perda de privacidade de dados para essas grandes corporações. Pouco se discute sobre os verdadeiros interesses econômicos e políticos dessas empresas e sobre o uso que fazem desses dados. No Brasil, os órgãos do Poder Público também sucumbiram ao uso da tecnologia das big techs, o que envolve a transferência de um volume enorme de dados dos cidadãos e do Estado para o armazenamento “nas nuvens” dessas empresas. Justifica-se que a contratação das big techs proporciona economia de recursos públicos e ganhos de eficiência. Contudo, discussões relacionadas à soberania informacional (ou soberania digital), usos não autorizados de dados e colonialismo digital têm ficado à margem desse processo. O presente trabalho tem por escopo um estudo desse cenário sob a perspectiva da antropologia digital. Analisa, em especial, a pesquisa conduzida pela autora sobre o Projeto Justiça 4.0. Este projeto envolve a mudança de orientação do Conselho Nacional de Justiça no tocante ao armazenamento e uso de dados relativos ao conjunto dos processos judiciais no Brasil, que era de concentração desses dados no país e passou a ser de transferência para as nuvens e com a utilização dos serviços das big techs.
Abstract: With the growing reliance on digital technologies, the data storage and cloud service market has consolidated under the control of large-scale foreign companies, particularly those from North America. This prevalence of the big techs is tied to the perspective according to which data sharing is essential for enhancing user experience on the internet. However, concerns about the inevitable compromise of data privacy regarding these large corporations have emerged. There is limited discussion about the true economic and political interests of these companies and how they utilize this data. In Brazil, government agencies have also adopted big tech technology, leading to the transfer of a significant amount of citizen and state data to the "clouds" operated by these companies. The rationale behind this move is that hiring big tech firms saves public resources and enhances efficiency. Yet, debates regarding information sovereignty, unauthorized data use, and digital colonialism have been cast aside during this process. The focus of this dissertation is to analyze this situation from the perspective of digital anthropology. It specifically outlines the research conducted by the author on the Brazilian Project Justice 4.0. This project has marked a shift in the National Council of Justice's approach towards storing and using data related to all judicial proceedings in Brazil. Initially, the plan was to centralize this data within the country, but it has now shifted to transferring the data to clouds and servers based abroad through the use of big tech services.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, Habilitação em Antropologia, 2024.
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Aparece na Coleção:Ciências Sociais - Antropologia



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