Doença de Alzheimer: fisiopatologia, estratégias terapêuticas atuais e perspectivas de novos tratamentos

Abstract

A Doença de Alzheimer (DA) é uma condição neurodegenerativa progressiva e multifatorial, caracterizada como uma forma de demência, que afeta milhões de pessoas, com sua incidência aumentada com o avanço da idade. A DA é acompanhada de sinais e sintomas decorrentes de declínios cognitivos, como perda de memória; funcionais, como redução das funções executivas; e comportamentais, como agressividade e agitação. Seu surgimento resulta de uma interação complexa entre fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida. Sua fisiopatologia é complexa e não é completamente compreendida, o que dá origem a diversas hipóteses sobre os mecanismos subjacentes, como a hipótese amiloide, a invasão de lipídeos, as disfunções glutamatérgicas e colinérgicas e a hipótese dos emaranhados neurofibrilares de tau. O diagnóstico é baseado em exames clínicos, laboratoriais, avaliações cognitivas e funcionais, exames de imagem e biomarcadores da doença. A DA ainda não tem cura, assim os tratamentos buscam modificar o curso da doença ou tratar a sintomatologia. Ele pode ser feito por intervenções farmacológicas ou em conjunto com métodos não farmacológicos. No Brasil, atualmente o tratamento é feito com inibidores da acetilcolinesterase e memantina. Recentemente, esforços têm se concentrado no desenvolvimento de novas terapias, como os anticorpos monoclonais, com três representantes já aprovados pela FDA, além de abordagens inovadoras, como o uso de tecnologias e realidade virtual para terapias cognitivas. Diante disso, o objetivo deste estudo foi revisar o conhecimento atual sobre a DA, com ênfase nos tratamentos disponíveis e emergentes para a doença. Para tanto, realizou-se uma revisão bibliográfica utilizando bases de dados como PubMed, SciELO e Periódicos Capes. A análise permitiu explorar os avanços no entendimento da fisiopatologia e destacar os desafios e progressos nos tratamentos. Apesar dos avanços, ainda há uma necessidade de pesquisas que permitam o diagnóstico precoce, intervenções com menos efeitos adversos e o desenvolvimento de terapias que atuem através de múltiplos mecanismos. Assim, a busca por estratégias mais eficazes e personalizadas segue sendo essencial para o enfrentamento dos impactos da DA na sociedade.