| Título: | Trancar não é tratar : comunidades terapêuticas, a interseção com a guerra às drogas e o paradigma proibicionista |
| Autor(es): | Oliveira, Maria Luísa Nogueira Lemos Amaral de |
| Orientador(es): | Oliveira, Andréia de |
| Assunto: | Comunidades terapêuticas Drogas - políticas proibicionistas Combate às drogas Saúde mental |
| Data de apresentação: | 23-Jan-2025 |
| Data de publicação: | 28-Out-2025 |
| Referência: | OLIVEIRA, Maria Luísa Nogueira Lemos Amaral de. Trancar não é tratar: comunidades terapêuticas, a interseção com a guerra às drogas e o paradigma proibicionista. 2025. 72 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Serviço Social) — Universidade de Brasília, Brasília, 2025. |
| Resumo: | Este estudo tem como objetivo geral analisar as Comunidades Terapêuticas (CTs) como
instrumentos imersos no ideário da guerra às drogas, investigando a correlação entre a
ascensão dessas instituições e a consolidação do paradigma proibicionista e da guerra às
drogas nas políticas públicas do Estado brasileiro, de modo a desvelar as bases ideológicas
que sustentam e legitimam essa expansão. A metodologia adotada consiste em uma revisão
bibliográfica, em bases de dados eletrônicos centrada nos termos "Comunidades
Terapêuticas", "proibicionismo" e "Guerra às Drogas". O trabalho revelou as mudanças de
abordagens no campo das drogas, evidenciando as bases e acordos internacionais do projeto
político e societário da guerra às drogas. No estado brasileiro, as CTs manifestam-se como
dispositivos para lidar com as problemáticas decorrentes do uso abusivo de drogas e favorecer
os interesses do setor privado e dos segmentos conservadores e manicomiais. Observou-se
que as CTs têm sido uma estratégia importante para tratar os considerados desvios sociais
tendo como foco grupos minoritários, agindo a partir da perpetuação do paradigma
proibicionista e da guerra às drogas nas políticas públicas do Estado brasileiro. As
conferências de saúde e os conselhos profissionais, em contraponto, repudiam a expansão
dessas instituições e, alinhados aos princípios e diretrizes da Reforma Psiquiátrica e da Luta
Antimanicomial, defendem um projeto alternativo, emancipatório e antiproibicionista para o
campo das drogas. |
| Abstract: | This study aims to analyze Therapeutic Communities (TCs) as instruments immersed in the
ideology of the War on Drugs, investigating the correlation between the rise of these
institutions and the consolidation of the prohibitionist paradigm and the War on Drugs within
the public policies of the Brazilian state, in order to unveil the ideological foundations that
sustain and legitimize their expansion. The methodology adopted consists of a bibliographic
review, conducted through electronic databases, focused on the terms "Therapeutic
Communities," "prohibitionism," and "War on Drugs." The study revealed changes in
approaches within the field of drugs, highlighting the foundations and international
agreements of the political and societal project behind the War on Drugs. In the Brazilian
state, TCs manifest as devices to address the issues arising from drug abuse and to favor the
interests of the private sector, as well as conservative and asylum-oriented segments. It was
observed that TCs have become an important strategy for addressing what are considered
social deviations, focusing on minority groups, operating through the perpetuation of the
prohibitionist paradigm and the War on Drugs in the public policies of the Brazilian state. In
contrast, health conferences and professional councils repudiate the expansion of these
institutions and, aligned with the principles and guidelines of the Psychiatric Reform and the
Anti-Asylum Struggle, advocate for an alternative, emancipatory, and anti-prohibitionist
approach to the field of drugs. |
| Informações adicionais: | Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Serviço Social, 2025. |
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| Aparece na Coleção: | Serviço Social
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