Vacinação anti-SARS-CoV-2 nos países da América do Sul : uma revisão de escopo

Abstract

Resumo: Os impactos da crise pandêmica levaram à necessidade de implementação de campanhas nacionais do imunizante anti-SARS-CoV-2 para a redução da morbimortalidade pela COVID-19. Este estudo buscou identificar o panorama da vacinação anti-SARS-CoV-2 nos países da América do Sul, além de caracterizar eventuais enfrentamentos no acesso e na adesão à vacinação. Foi realizada uma revisão de escopo segundo o manual do Joanna Briggs Institute por meio de evidências extraídas das bases de dados PubMed, LILACS, Scopus, CINAHL, literatura cinzenta: Google Scholar, planos nacionais de vacinação em sites governamentais e dados epidemiológicos nos websites Our World in Data, Coronavirus (COVID-19) Vaccinations da University of Oxford e COVID-19 Vaccination in the Americas, da Pan American Health Organization (PAHO). Cinquenta fontes de evidências foram incluídas. Identificaram-se os planos nacionais de vacinação anti-SARS-CoV-2 de oito países da América do Sul. Até 31 de dezembro de 2021, constatou-se que os países Argentina, Chile, Equador e Uruguai abrangeram 70% ou mais da população vacinada com todas as doses do protocolo inicial anti-SARS-CoV-2. Vinte e duas fontes de evidência descrevem enfrentamentos de natureza política, econômica e social em seis países da América do Sul. Dezoito fontes de evidência destacaram enfrentamentos na adesão à vacinação em dez países. Esta revisão identificou elementos que evidenciam a influência de temáticas geográficas, econômicas, sociais e, em especial, políticas na adesão e acesso à vacinação anti-SARS-CoV2 nos países da América do Sul. Apesar dos países exibirem uma alta intenção vacinal, notouse o medo dos efeitos adversos, a infodemia e a disseminação de desinformação como motivos à recusa em se vacinar.