Educação financeira na infância : o uso da aprendizagem ativa no processo de alfabetização financeira

Abstract

Este trabalho aborda a educação financeira na infância com ênfase na utilização da aprendizagem ativa como estratégia para a alfabetização financeira. O objetivo geral consiste em analisar a percepção dos alunos do 5º ano do ensino fundamental em relação ao conhecimento em educação financeira em um contexto de aprendizagem ativa. Já para o objetivo específico procura-se identificar as principais dificuldades enfrentadas pelos alunos e professores em relação ao ensino da educação financeira e ao uso de ferramentas digitais e analisar as melhores práticas e recursos digitais que podem ser recomendados para a implementação eficaz de programas de educação financeira no ensino fundamental. A pesquisa, aplicada no projeto "Pequenos Economistas" da Escola Classe 11 de Sobradinho, analisa como alunos do 5º ano compreendem e aplicam conceitos financeiros. A metodologia inclui observações, entrevistas com professoras e um teste aplicado às crianças. As questões do teste final foram divididas em três categorias: cálculos matemáticos e planejamento financeiro, conceitos e terminologias e, por fim, reflexão e prática de análise financeira. Os resultados mostraram uma taxa de acerto acima de 70% em todas as categorias. Apesar disso, avaliando de forma mais profunda, identificou-se dificuldades, especialmente em cálculos e em temas como rendimento. A aprendizagem ativa, por meio de jogos, simulações e storytelling, mostrou-se eficaz para engajar os alunos, promover autonomia e conectar teoria à prática. Contudo, limitações incluem falta de formação docente, poucos recursos e desigualdades de acesso digital. O estudo destaca a importância de integrar educação financeira ao currículo desde cedo, vinculando-a ao uso de tecnologias para preparar os alunos para um mundo econômico complexo. Além disso, mostra como a aprendizagem ativa influencia positivamente o ensino da educação financeira. Ao apontar dificuldades enfrentadas por alunos e professores, o estudo fornece subsídios para a melhoria das práticas pedagógicas e o desenvolvimento de políticas educacionais mais eficientes.